O clima voltou a ficar tenso na manhã desta segunda-feira no Aglomerado da Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, depois do tiroteio que matou um homem e deixou outras 13 pessoas feridas durante uma baile funk na noite de domingo.
Policiais militares e civis fazem buscas pelos suspeitos dos disparos desde as 23h, quando o crime ocorreu na Praça do Cardoso. Por volta das 8h50 de hoje, houve um disparo em um beco da Vila Marçola, perto do local da confusão de ontem. O tiro atingiu a perna de um adolescente de 17 anos. Os moradores acusaram a polícia de atirar sem motivo. Enquanto tentavam levar o rapaz para a viatura, os militares foram impedidos por um grupo e o adolescente foi colocado no carro de um morador para ser levado ao Hospital João XXIII.
De acordo com o tenente-coronel Alfredo José Alves Veloso, comandante do 22º Batalhão da PM, disse que ainda não é possível afirmar que o disparo tenha partido da arma de um policial militar “Na realidade nós estamos apurando ainda. Inicialmente teria havido uma abordagem a suspeitos e uma arma teria sido disparada. Ele foi socorrido para um hospital”, explica.
Procurados
Ainda de acordo com o tenente-coronel Alfredo, três dos seis suspeitos de atirarem contra as pessoas que estavam na festa no domingo já foram identificados, mas até o momento eles não foram localizados. Da ação participam também equipes do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam), do Grupo Especializado de Patrulhamento em Áreas de Risco (Gepar) do 22º Batalhão e do Comando de Policiamento Especializado (CPE).
Por volta das 23h, pelo menos 500 pessoas estavam no baile funk. Seis homens chegaram em quatro motos, sendo que quatro deles desceram e começaram a atirar: um homem identificado como Dario Ferreira Leite Neto, de 33 anos, morreu no local e 13 pessoas, entre elas uma criança de 6 anos, foram atingidas. Os feridos foram socorridos no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII.
O tiroteio teria sido motivado por uma disputa entre gangues da região. “A informação no local é de que mulheres ligadas a um grupo de traficantes teria informado a eles que havia rivais da gangue no local. Então eles desceram e teriam tirado naquelas pessoas”, afirma o tenente-coronel Alfredo.
Segundo o comandante do 22º Batalhão da PM, a Prefeitura de Belo Horizonte concedeu o alvará para a festa, que teria transcorrido sem problema algum durante o dia. Ele também afirma que o policiamento era suficiente para o evento. “O alvará era a partir das 13h e a movimentação começou logo depois disso. A população se comportou muito bem, isso (tiroteio) aconteceu no final do evento”, diz.
Adolescente em estado grave
A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) informou nesta manhã que pelo menos 10 das 13 pessoas que ficaram feridas no tiroteio deram entrada entrada no Hospital João XXIII na noite de domingo. Cinco pessoas receberam alta entre a madrugada e o início desta manhã, entre elas o menino de 6 anos que foi atingido por um disparo no braço. Cinco pessoas permanecem internadas. A situação mais grave é de um adolescente de 15 anos que está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Dois homens de 20 e 22 anos e uma mulher de 20 precisaram passar por cirurgia. Um outro rapaz, de 22 anos, está na enfermaria.
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