Justiça Militar de Minas Gerais condenou a 14 anos de prisão, na tarde desta segunda-feita (30), a ex-militar Andreia Ferreira, acusada de matar o namorado, também militar, Jerônimo Lemes Barros, 38. O crime aconteceu em uma churrascaria do bairro Nazaré, na região Nordeste de Belo Horizonte, em outubro de 2010.
A acusada foi excluída disciplinarmente da Polícia Militar em março deste ano, após processo administrativo, e aguardava o julgamento em liberdade. A decisão ainda cabe recurso.
Relembre o caso
O cenário da briga entre um casal foi uma churrascaria, no bairro Nazaré, na região Nordeste de Belo Horizonte. Assim como grande parte dos crimes passionais, a confusão, na madrugada de ontem, não terminou bem. Desta vez, os protagonistas da discussão - que pode ter sido motivada por ciúme - foram policiais militares.
O sargento Jerônimo Lemes Barros, 38, foi baleado pela também sargento, identificada apenas como Andrea. A mulher teria disparado seis tiros, três deles acertaram o policial no ombro, no joelho e na coxa. O PM está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em estado grave. Andrea fugiu e, até o fechamento desta edição, ainda não havia sido localizada.
As câmeras de vigilância da churrascaria, que fica às margens da BR-381, teriam registrado a tentativa de homicídio. As imagens foram recolhidas por policiais do 16° BPM, responsáveis por registrar a ocorrência.
A irmã do sargento Barros, L.L.S, contou à reportagem que ele foi ao restaurante acompanhado da namorada e também de um amigo. Por volta das 4h30, o casal discutiu. Ainda segundo L., a militar teria pegado a arma na bolsa e disparado seis vezes contra o sargento. "Não sei o que motivou. Sei que ele foi atingido a queima-roupa. A arma dele estava no carro", revelou.
De acordo com L., que é técnica em enfermagem, o casal começou a namorar há cerca de seis meses e, há três, mora junto. Os dois se conheceram dentro da corporação. Ambos, segundo a polícia, trabalham em setores administrativos.
A irmã de Barros contou, ainda, que os dois seriam lotados no 5° Batalhão, na avenida Amazonas, região Oeste da capital. No entanto, um militar do 5º BPM informou que os dois sargentos trabalham no local, mas em diretorias da polícia que formam o complexo Gameleira.
L. não quis apontar o que teria sido o motivo da briga. Mas disse que a cunhada tinha uma personalidade forte e era muito possessiva. "Ele não podia sair sozinho que ela não gostava", contou. Apesar disso, L. jamais acreditou que o relacionamento pudesse chegar na situação que chegou. "Ele é muito tranquilo. Nunca suspeitei de nada, até porque, se tivesse percebido algo, tinha falado para ele sair fora, terminar", afirmou.
O sargento - que saiu de casa da família para morar com a namorada - esteve com a irmã horas antes do crime. "Ele me visitou, estava muito bem. Ficou até 0h. Chamou um amigo e saíram com a Andréa", disse.
Risco. m das balas atingiu a artéria femoral do sargento Barros, situada na coxa, e provocou um sangramento intenso. Durante a manhã de ontem, o militar passou por uma cirurgia e a bala foi retirada. Segundo o hospital, ele permanece em estado grave.
Em nota, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que está apurando, através de Inquérito Policial Militar, as circunstâncias do fato. A nota ressalta também que os dois sargentos estavam de folga no momento dos disparos. A corporação disse estar fazendo diligências para localizar a sargento e adotar as providências legais.
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