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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O BMG,O FUTEBOL E O CRÉDITO CONSIGNADO AOS SERVIDORES PÚBLICOS


O BMG é um banco reconhecido no mundo futebolístico como um grande patrocinador nas camisas dos times de futebol,sendo,porém,reconhecido entre os servidores públicos como o maior banco de empréstimos consignados,isto é,que desconta as parcelas do empréstimo na própria folha de pagamento dos servidores,o que lhe proporciona um lucro líquido e certo,pois não há como o banco deixar de receber as parcelas devidas ,haja vista o desconto ser na fonte.

O BMG patrocina atualmente, no peito ou nas mangas das camisas dos times de futebol,nove equipes da Série A do Brasileirão,a saber: Vasco, Flamengo ,São Paulo, Palmeiras, Santos,Atlético-MG,Cruzeiro,América-MG e Coritiba,além de seis equipes na Série B,quatro na Série C,cinco na Série D e mais quinze equipes das chamadas “foras de série”,entre elas o América-RJ.

Em julho de 2009,antes de entrar com força no futebol,o BMG ocupava o 92 lugar no ranking de marcas associadas espontaneamente ao futebol,entretanto em março de 2011 já aparecia em quarto lugar,o que é prova contundente da capacidade de retorno do mundo do futebol.Animados com o sucesso do BMG nos campos futebolísticos,seus sócios criaram o Fundo de Investimento Soccer BR1, a fim de atuar também na compra e venda de jogadores.Até o presente momento, já negociaram 13 jogadores,com um lucro médio de 60%,entre os quais citamos Elias e Dentinho ex-jogadores do Corinthians,portanto fica patente que quando os jogadores se destacam por suas equipes em uma determinada competição,serão incontinenti negociados,sendo perdedores os Clubes e seus torcedores,enquanto que os grandes vencedores,na verdade, são os investidores e alguns cartolas.

Segundo as palavras do próprio presidente do BMG,a relação “é como ação nas bolsas de Valores”,ou seja,jogou bola,destacou-se é negociado,ficando também evidente que não há planejamento que resista ao atual modelo de negócios no futebol,não há como se montar uma equipe pensando em títulos a médio prazo,pois os investidores não o permitem,tendo em vista a necessidade de vender o “jogador-ação” enquanto estiver em alta.

No que se refere aos empréstimos consignados,o BMG pulou de R$ 300 mil em empréstimos nos anos 1990 para a bagatela de R$ 23 bilhões(Yes bilhões) atualmente,sendo o marco histórico desse arranque extraordinário o grande acordo de 1999, celebrado com o estado do Rio de janeiro para a concessão de empréstimos consignados aos servidores públicos fluminense,estando hoje o BMG detendo 10% de todo o crédito pessoal disponível no Brasil,independentemente de sua modalidade.

Ressalte-se que,coincidentemente,desde o final dos anos 1990 os servidores públicos do estado do Rio de janeiro vem sofrendo um arrocho salarial sem par na história fluminense,o que força os servidores a recorrer constante e desesperadamente  aos empréstimos consignados.

Diante de tamanho quadro de injustiça,verifica-se que os Clubes de futebol,os torcedores e os servidores públicos têm algo em comum:São vítimas de uma exploração impiedosa que garante astronômicos lucros a uma oligarquia financeira,cujo exemplo mais contundente é que o presidente do BMG assumiu também a presidência do Atlético-MG,permitindo sua queda à série B em 2005 e hoje o clube mineiro ainda deve a soma de R$ 95 milhões a este banco, reconhecido como patrocinador de clubes de futebol e emprestador de créditos consignados aos servidores públicos.

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