Manifestantes fecharam todas as vias do Eixo Monumental após assembleia.
Ministro Cezar Peluso, do STF, considerou paralisação ilegal nesta segunda.
Os policiais civis do Distrito Federal decidiram na tarde desta terça-feira (22) manter a greve iniciada há mais de um mês, apesar de o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cesar Peluzo, ter considerado a paralisação ilegal, em decisão anunciada na noite desta segunda.Apos a assembleia realizada na Esplanada dos Ministérios, os manifestantes realizaram uma passeata e fecharam todas as faixas do Eixo Monumental em frente ao Ministério da Justiça. A manifestação provocou congestionamento na Esplanada dos Ministérios. O trânsito foi liberado às 17h50.
Policiais civis do Distrito Federal fecham a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante passeata realizada na tarde desta terça-feira (22)
Entre as reivindicações da categoria estão o aumento do quadro de servidores e reposição salarial de 13%. O novo diretor da Polícia Civil, Onofre Moraes, afirmou, porém, que os policiais não terão o aumento. A Secretaria de Segurança Pública informou que está avaliando a decisão dos policiais.
A categoria também pede reestruturação do plano de carreira e o pagamento de dívidas trabalhistas. O Sinpol estima que existam 200 cargos vagos de agente e 50 de escrivão.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol DF), Ciro de Freitas, o DF tem 4,8 mil policiais, quando o ideal seria o dobro. Freitas disse que o acordo feito com o DF no primeiro semestre foi cumprido parcialmente, com o pagamento de parte das dívidas trabalhistas.
O presidente do sindicato afirmou que os policias vão manter atendimento básico à população, com 30% do efetivo trabalhando.
Após a assembleia, os policiais deram início a uma passeata em direção ao Ministério da Justiça. A PM estimou em cerca de 300 pessoas o número de manifestantes. Para o sindicato, havia 600 pessoas na manifestação.
Decisão do STF
O presidente do Sindicato dos Policiais afirmou que a entidade ainda não foi jotificada sobre a decisão do presidente do STF, Cesar Peluzo, de considerar a greve ilegal.
"Espero que nosso corpo jurídico encontre um remédio jurídico para combater essa decisão. É uma decisão monocrática. Nosso entendimento é de que a greve é um direito legal de todo trabalhador", afirmou.
Os policiais civis do Distrito Federal estão em greve há 33 dias, segundo Freitas. O sindicato computa todas as paralisações de 72 horas feitas antes da decretação oficial da greve, no dia 27 de outubro, como parte da greve da categoria.
OAB divulga nota A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal divulgou nota em que diz acompanhar com preocupação a greve. De acordo com a nota, a paralisação já pode ser considerada uma das mais longas na história do DF. A nota diz ainda que a OAB lamenta a "incapacidade de negociação até agora demonstrada pelo governo do Distrito Federal".
FONTE: http://policialbr.com
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