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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Fontes da cúpula da Seds acusam falta de "pulso" por parte de Lafayette Andrada




FOTO: LEO FONTES - 20.1.2012
Mal-estar. Atuação da Polícia Militar na busca dos suspeitos de matar um agente da
Fontes da cúpula da Seds acusam falta de "pulso" por parte de Lafayette Andrada
Raphael Ramos
Uma gestão pautada pela diplomacia, mas sem o pulso firme necessário para comandar a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Assim membros da cúpula da segurança pública definem o trabalho desenvolvido pelo secretário Lafayette Andrada, que ocupa o posto há pouco mais de um ano. O comportamento, conforme fontes ouvidas pela reportagem de O TEMPO, teria aberto brechas para o surgimento de desentendimentos internos na pasta, colocando em risco o já lento processo de integração das corporações.


"Falta pulso para mediar as situações de conflito", afirmou uma das fontes, referindo-se a Lafayette Andrada, que é advogado e tem trajetória política. A assessoria de comunicação da Seds informou que não iria comentar as declarações, por entender que elas expressam opiniões pessoais.
De acordo com outra fonte, a pouca habilidade do secretário de Defesa Social para gerenciar conflitos teria sido testada em outubro do ano passado, quando ele e os comandantes das polícias Militar e Civil teriam sido convocados pelo governador Antonio Anastasia para resolver "divergências de funções" nas duas corporações.
O mote da discussão foi o cumprimento de mandados de busca e apreensão pela Polícia Militar, uma função que, constitucionalmente, cabe à Polícia Civil. "O governador ordenou que o secretário resolvesse o problema. Ele tentou, mas não conseguiu", afirmou a fonte.
A assessoria de imprensa da Seds nega que tenha havido qualquer reunião entre Lafayette e os comandantes das corporações.
Ainda conforme as fontes, a falta de uma solução para os conflitos teria contribuído para que ocorressem trocas na cúpula da pasta. Na segunda quinzena de janeiro, uma série de mudanças nos postos esquentou os rumores sobre uma crise na secretaria de Defesa Social. A assessoria do órgão nega, mas fontes afirmam que as trocas são uma tentativa de contornar a situação. 
Entre as principais mudanças estão a saída de Genilson Zeferino Ribeiro – ex-subsecretário adjunto – e de Geórgia Ribeiro Rocha – ex-subsecretária de Integração.
Apesar de a Seds rechaçar qualquer relação entre os casos, Geórgia foi exonerada, coincidentemente, um dia após o agente da Polícia Civil Sérgio Toledo, 51, ser morto por traficantes em uma operação da Divisão de Narcóticos em Contagem. Na ocasião, no dia 20 de janeiro, policiais civis disseram que a PM não teria atuado corretamente para prender os suspeitos, gerando mal-estar entre as corporações. Cinco dias antes, o sargento Rafael Augusto dos Reis Rezende, do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, foi morto por policiais civis em um baile funk, em Esmeraldas, na região metropolitana da capital. Há denúncias de que ele tenha sido executado após mexer com a namorada de um dos policiais civis.
Procurado, o ex-subsecretário de Defesa Social Genilson Zeferino preferiu não comentar o problema. "Meu foco agora é a presidência da fundação que assumi". A entidade na qual ele se refere é a Fundação Caio Martins, voltada ao atendimento de jovens carentes. Durante cinco dias, a reportagem tentou falar com Geórgia Ribeiro, mas ela não atendeu as ligações.


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