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quinta-feira, 1 de março de 2012

Líder de bombeiros pode ser expulso na segunda-feira por greve no Rio




Pedidos da defesa de Benevenuto Daciolo foram negados pelo Conselho Disciplinar da corporação
"Estou sofrendo uma grande injustiça. O que busco é dignidade e melhoria salarial para toda a categoria", disse
MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO
O Corpo de Bombeiros do Rio decide na segunda-feira se o cabo Benevenuto Daciolo, 35, apontado como líder das manifestações por melhores salários ocorridas de 9 a 14 deste mês, será expulso.
Daciolo esteve ontem no quartel central dos Bombeiros, no centro da cidade, para a última audiência do conselho disciplinar que vai decidir se ele será punido. Ele será o primeiro manifestante no Corpo de Bombeiros e na PM a ter o futuro definido.
Ele passou 16 dias preso, nove no presídio de Bangu 1. "Estou sofrendo uma grande injustiça. O que busco é dignidade e melhoria salarial para toda a categoria", disse à Folha.
Três oficiais bombeiros analisam o caso contra o cabo. Ontem, a defesa pediu mais prazos para apresentar provas e que fosse anexado ao processo a íntegra das interceptações telefônicas em que Daciolo conversa sobre a paralisação na Bahia e a greve no Rio de Janeiro.
Do processo constam apenas dois minutos de conversas mostradas no "Jornal Nacional", da TV Globo, no dia 8. Os dois pedidos foram negados.
"Gostaríamos de saber quem fez as escutas e ter acesso à íntegra destas conversas", disse a advogada Grace Santos, que o defende.
Na segunda, um relatório sobre o caso será apresentado ao comandante dos bombeiros, coronel Sérgio Simões, que decidirá se Daciolo será expulso ou não.
REDES SOCIAIS
A Polícia Militar levou ao conselho disciplinar mais 22 PMs que usaram redes sociais para fazer comentários sobre a greve da categoria. Os policiais poderão ser expulsos.
Logo após a greve, 71 PMs foram encaminhados ao conselho pelo mesmo motivo. Com isso 93 policiais poderão ser afastados da corporação. Os processos devem ser concluídos em 15 dias.

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