Roseana quer revanche. Ela não perdoa a atitude dos policiais que, cansados de esperar por uma discussão séria sobre suas reivindicações, entraram em greve. Ela, usando de muita prepotência e ameaças, tentou fazer o movimento recuar. A categoria não se intimidou e quem recuou no fim foi ela, que acabou cedendo em tudo o que eles pediram desde o primeiro momento. Na verdade foi muita humilhação.
Agora ela resolveu se vingar e escolheu a PEC 300, que iguala o vencimento dos militares e policiais aos militares de Brasília. Agora vejam que, para dar notícias nos seus jornais e televisões, tentando criar um fato positivo depois do retumbante fracasso do seu projeto midiático com a Beija-Flor do Rio de Janeiro, ela convidou os governadores de outros estados para uma reunião em sua residência na Capital da República. Para os seus jornais, ela iria tratar de vistoso ‘Pacto Federativo’, seja lá o que isso significa.
Para os governadores, iriam tratar da PEC 300, acenando aos que aceitaram o convite com a ajuda muito importante do pai, presidente do Senado. Ela tentou esconder ao máximo o real motivo do encontro para não se incompatibilizar de vez com os policiais. Em vão. E ela tampouco pode dizer que a iniciativa não foi dela, que foi apenas convidada, já que a reunião foi em sua mansão particular em Brasília. Como esconder?
Se o estado não tiver meios de pagar o que preconiza a PEC, o correto, já que foi promessa de campanha da presidente, é negociar com o governo federal para tentar encontrar uma fórmula em que esses custos sejam divididos entre os estados e o governo federal. Os salários dos policiais são realmente baixos e existe a necessidade de que essa função fundamental para a vida em sociedade possa ser cumprida por profissionais recebendo salários mais dignos. E, ao contrário disso, não fazer a lambança que fez a governadora e depois tentar fugir da sua responsabilidade no episódio.
Os policiais definitivamente ganharam uma grande inimiga. Roseana quer revanche!
Por: José Reinaldo Tavares
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