Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 6 de março de 2012

PMs cobram promessa do governador e anunciam novo ato

Integrantes da Polícia Militar da Bahia prometem fazer nova manifestação em frente ao prédio da Assembleia Legislativa do Estado na manhã de terça-feira. Sindicalistas acusam o governador Jaques Wagner (PT) de não cumprir a promessa, anunciada em rede de TV e rádio, de que não haveria punição aos PMs pela greve de 12 dias realizada no mês passado.
"O governo está sendo intransigente. Se ficar definido lá pelos manifestantes que faremos uma nova ocupação da Assembleia, isso será feito", avaliou o diretor administrativo da Associação dos Profissionais de Polícia e Bombeiros (Aspol), Sargento José Lourenço Dias, afirmando que há pelo menos cem processos administrativos na corporação com "único objetivo de demitir policiais grevistas".
Além disso, manifestantes farão vigília para acompanhar a votação do projeto de lei sobre o pagamento das Gratificações por Atividade Policial (GAP) IV e V, prevista para amanhã. Essa era uma das principais reivindicações da categoria durante a greve.
A greve
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro, quando os grevistas acamparam em frente à Assembleia Legislativa em Salvador e posteriormente ocuparam o prédio. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência na capital e região metropolitana, dobrando o número de homicídios em comparação ao mesmo período do ano passado. Além de provocar o cancelamento de shows e eventos, a ausência de policiamento nas ruas também motivou saques e arrombamentos. Centenas de carros foram roubados e dezenas de lojas destruídas.

A paralisação, que terminou 12 dias depois, servia para reivindicar a criação de um plano de carreira para a categoria, além do pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo, anistia, revisão do valor do auxílio-alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos.
O Executivo estadual solicitou o apoio do governo federal para reforçar a segurança. Cerca de 3 mil homens das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança foram enviados a Salvador. Dois dias após o início da greve, a Justiça baiana concedeu uma liminar decretando sua ilegalidade e determinando que a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) suspendesse o movimento. Doze mandados de prisão contra líderes grevistas foram expedidos, sendo que quatro foram cumpridos.
Em 9 de fevereiro, Marco Prisco, um dos líderes do movimento grevista, foi um dos presos, após a desocupação do prédio da Assembleia. A decisão ocorreu um dia depois da divulgação de gravações telefônicas que mostravam chefes da paralisação planejando ações de vandalismo na capital baiana. Um dos trechos mostrava Prisco ordenando a um homem que ele bloqueasse uma rodovia federal.


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