A CPI do Cachoeira identificou o elo financeiro entre a direção nacional da empreiteira Delta, no Rio, e o esquema de Carlinhos Cachoeira. O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), disse ontem que o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste Cláudio Abreu, que tinha estreita ligação com Cachoeira, tinha procuração para movimentar dez contas bancárias abertas pela direção nacional da construtora. Ele informou que todos os sigilos destas contas foram quebrados, mas a CPI ainda não sabe em quais Estados elas foram abertas: "Quebramos o sigilo de todas as contas de que o senhor Claudio Abreu é procurador, inclusive contas da Delta nacional".
Uma das contas, disse o relator, foi a mesma que alimentou empresas-laranjas utilizadas pelo grupo de Cachoeira e de Abreu em Goiás. "A partir da quebra do sigilo de Cláudio Abreu e das contas das quais ele é procurador, ficou evidenciado que uma dessas contas era da Delta nacional", disse. "Isso alimenta a tese de que a diretoria da Delta tinha ciência dos negócios que ele operava." A informação reforçou as cobranças para que a comissão quebre os sigilos da matriz da Delta. Na semana passada, a CPI restringiu a investigação à atuação da construtora no Centro-Oeste.A assessoria da Delta disse que seria "normal" que Abreu tivesse procurações para movimentar contas vinculadas à sede, sem que isso significasse que a direção da empresa conhecesse todas operações no Centro-Oeste.(Folha de São Paulo)
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