O grupo de Carlinhos Cachoeira procurou o hoje deputado federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP) para tentar barrar uma investigação contra a empreiteira Delta em Goiânia, em 2009. Gravações da Polícia Federal indicam que o deputado, autor do requerimento que criou a CPI do Cachoeira, falou com Cláudio Abreu, então diretor da Delta e aliado de Cachoeira. Ele nega. Em 22 de maio de 2009, Abreu relatou a Cachoeira uma conversa, de acordo com a PF, com Protógenes. "Ele é muito direto, muito correto", disse Abreu, segundo quem Protógenes afirmou: "Ah, eu não prometo resolver a situação, mas vou me empenhar."
Segundo a PF, o grupo de Cachoeira fez contato por meio de Idalberto Matias. Na época, o empresário estaria preocupado com investigação contra a Delta na Câmara Municipal de Goiânia. Cachoeira reclamava que o vereador Elias Vaz estava "batendo demais". Vaz é do PSOL e Protógenes negociava sua ida para o partido, o que não se concretizou. O vereador confirma ter encontrado Protógenes, mas nega interferência dele no caso.
Em 8 de maio, Cachoeira pediu para Abreu ficar com o rádio ligado e avisou: "Protógenes vai falar com você."Vaz não participou da investigação em Goiânia, arquivada em agosto de 2009. Protógenes disse que não esteve com Cláudio Abreu. Ele afirmou que os delegados da PF já disseram à CPI que ele "não tem vinculação" com Cachoeira. A defesa do empresário questiona a legalidade das gravações. O advogado de Abreu não ligou de volta.(Folha de São Paulo)
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