Do UOL, em São Paulo
A Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo terá um serviço para traçar o perfil dos investigadores e delegados da corporação como forma de prevenir possíveis desvios de conduta. A medida, publicada no "Diário Oficial" desta terça-feira (23), ocorre após a prisão de dez policiais do Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) desde o dia 15, suspeitos de receber propina de traficantes em Campinas (94 km de São Paulo).
O Serviço Técnico de Análise de Perfis Criminais e Transgressores vai dar apoio às investigações que envolvam policiais e será responsável pela produção de estudos técnicos e "pesquisas comportamentais" para facilitar a identificação de perfis criminais na corporação, com o objetivo de prevenir "ilicitudes" e identificar a autoria de crimes cometidos por investigadores e delegados.
"A partir de um cadastro com as informações dos policias que cometem crimes e aqueles que praticam faltas funcionais, nós vamos chegar a um perfil padrão de quem transgride", diz o corregedor. "A ideia é que, com isso, tenhamos ferramentas para prevenir estes problemas.", diz o corregedor-geral da Polícia Civil, Nestor Sampaio Penteado Filho, em nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
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Entre as mudanças está a ampliação das equipes de plantão do órgão, responsável por investigar faltas funcionais e crimes praticados por policiais civis. A partir de agora, os plantões serão assumidos pelas cinco delegacias da Divisão de Crimes Funcionais da Corregedoria.
Policiais presos
Após uma semana foragido, o policial do Denarc (Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico) Danilo da Silva Nascimento se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil na madrugada de segunda-feira (22). A informação foi confirmada pelo Ministério Público.
Nascimento era um dos quatro policiais do departamento que seguiam foragidos da Justiça desde a última segunda (15), quando foi deflagrada a operação do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Corregedoria da Polícia Civil contra um grupo de 13 policiais do Denarc suspeitos de receber propina de traficantes em Campinas (94 km de São Paulo).
Com a prisão do policial, hoje, já são dez os policiais presos do órgão --mas o chefe da inteligência, o delegado Clemente Castilhone Júnior, preso na segunda-feira, teve o alvará de soltura expedido pela Justiça na última quinta-feira (18). Seguem foragidos, com mandado de prisão temporária expedido, os policiais Daniel Dreyer Bazzan, Danilo Leonel Rodrigues Santos e Silvio Cesar de Carvalho Videira.
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