* José Luiz BARBOSA, Sgt PM - RR
Após a aprovação da Lei Complementar 125, que foi o maior golpe até hoje aplicado nos policiais e bombeiros militares de Minas Gerais, e não me venham dizer, que foi trairagem do governo e do comando, pois a tramitação de projetos de lei na assembleia legislativa é acessível e de fácil acompanhamento de qualquer cidadão, e com mais razão dos deputados e das entidades de classe, bem como dos que se dizem defensores da classe.
Desde a tramitação da LC 125/12, que estamos denunciando o golpe e a omissão e silêncio de muitos, pois com sua aprovação pelo governo, no final de 2012, abriu-se uma sangria nos cofres do IPSM, que drenará os recursos financeiros que são repassados pelo governo, sendo de parte de sua contribuição patronal e a outra dos segurados.
Não bastasse tamanha sangria financeira, haverá também a reformulação de todo sistema de previdência dos militares e de sua assistência à saúde, e que está sendo tratada a portas fechadas pelo governo e comando, sem a participação dos policiais e bombeiros militares, já que as entidades perderam legitimidade e credibilidade no seu papel de representação de classe, e outros atores políticos preferiram colocar a culpa no comando, transformando-o em bode expiatório, como argumento para se livrar de sua responsabilidade.
Mas o que mais chama a atenção e aumenta o temor, é que mesmo encaminhando artigos e mensagens solicitando o apoio e a divulgação de uma campanha entre os policiais e bombeiros militares, até o momento nenhum blog publicou nosso apelo, e nenhum policial e bombeiro militar compreendeu a gravidade da situação, salvo um militar de Ponte Nova (publicação no blog), que expressou sua indignação com o descaso e desmonte da rede conveniada de assistência à saúde, violando um direito humano e fundamental, e de política estratégia e institucional.
O que nos leva a concluir, que as eleições já estão pautando os que militam na defesa dos policiais e bombeiros militares, e aí os interesse e direitos se transformam em discursos inflamados e indignados, mas sem qualquer ação concreta e articulada para mobilizar, esclarecer, informar e orientar sobre quais serão as medidas que poderemos desencadear para exigir transparência, respeito e participação no processo de discussão dos direitos previdenciários e da assistência à saúde.
Ainda temos fé e esperança, que os policiais e bombeiros militares acordem e exerçam sua cidadania, e seu direito de participar democraticamente das discussões que digam respeito à sua vida, de seus familiares e de sua dignidade profissional.
Permanecemos confiantes que os policiais e bombeiros militares entendam e atendam o chamamento para a luta.
Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade, ativista de direitos e garantias fundamentais e especialista em segurança pública.
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