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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Movimentos denunciam abusos de autoridades em Uberlândia


Comissão de Direitos Humanos recebe integrantes de movimentos de luta pela terra e por moradia.


Comissão de Direitos Humanos debateu possíveis violações de direitos humanos sofridas pelos movimentos sociais de moradia em Uberlândia
Comissão de Direitos Humanos debateu possíveis violações de direitos humanos sofridas pelos movimentos sociais de moradia em Uberlândia - Foto: Ricardo Barbosa
Integrantes de movimentos de luta por terra e moradia de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, estiveram na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nesta terça-feira (17/12/13), para denunciar abusos de autoridades da região. Segundo as lideranças presentes na audiência pública, as polícias Federal, Militar e Civil têm perseguido moradores das 20 ocupações hoje instaladas no município.
“As perseguições já vêm acontecendo há mais de oito anos, e três lideranças já foram mortas em uma chacina”, afirmou o coordenador do Movimento Sem Teto do Brasil em Uberlândia, Wellington Marcelino Romana. Ele afirmou que algumas pessoas do movimento foram proibidas de circular em certas regiões do município e que vários líderes têm sido indiciados em inquéritos, acusados de crimes como parcelamento ilegal de solo urbano. “A polícia tem sido usada para defender a propriedade privada daqueles que têm o monopólio da riqueza e o domínio das terras da cidade, muitos deles grileiros históricos na região”, disse.
Outras lideranças denunciaram que muitas das áreas ocupadas eram usadas para cometer crimes ambientais, e outras receberam incentivos fiscais para produzir e não prestaram contas ao governo sobre essa produção. “Tem uma área que era usada para produzir carvão vegetal, toda desmatada, com esgoto sendo jogado nas nascentes. Tiramos foto, chamamos a imprensa, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), e ninguém foi. Depois, tentaram falar que nós é que estávamos produzindo carvão”, disse Vander Nogueira Morteiro.
De acordo com o coordenador estadual do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Erivan Magalhães Moraes, quando eles vão procurar a documentação da área ocupada, se deparam com arquivos de pessoas diferentes se dizendo donas da terra. “Se fizerem uma vistoria nos cartórios de Uberlândia, pegar as matrículas das terras e acompanhar a evolução até os dias de hoje, vão achar muita coisa errada”, disse.
“Eu nunca vi a Polícia Militar chegar para fazer despejo sem ordem do juiz. Mas lá em Uberlândia acontece. Em uma das áreas, abandonada há 12 anos e toda irregular como mostra a documentação que temos, já chegaram atirando”, contou o presidente da Associação dos Trabalhadores Rurais de Bela Vista, Cleiton de Oliveira.
Durval Ângelo vai encaminhar as notas taquigráficas da reunião para autoridades federais, estaduais e municipais
Durval Ângelo vai encaminhar as notas taquigráficas da reunião para autoridades federais, estaduais e municipais - Foto: Ricardo Barbosa
O presidente da comissão, deputado Durval Ângelo (PT), afirmou que a repressão aos movimentos sociais não é prática usual do atual Governo Federal. Ele afirmou que vai encaminhar as notas taquigráficas da reunião para autoridades dos governos federal, estadual e municipal pedindo providências.
“Essa criminalização dos movimentos, com a Polícia Federal intimidando, abrindo inquérito contra lideranças, isso é anomalia, não tem concordância do Governo Federal”, disse Durval. O parlamentar afirmou que Minas Gerais conta com várias ocupações e, em Contagem está a maior do País, com 4 mil famílias, mas na cidade não ocorre repressão como a que está sendo denunciada em Uberlândia. “Lutar pelos seus direitos não é crime, é cidadania. Essa repressão não pode acontecer”, disse.

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