O homem é o animal mais fácil de domar. Ele é facilmente enganado e seduzido por coisas superficiais como a beleza, a fama, o dinheiro, a reputação e o poder. Às vezes parecem tolos e, mesmo que se esforcem, não conseguem enxergar as coisas que acontecem à sua volta.
A convivência do homem com o poder acaba lhe proporcionando todas as demais tentações. O requinte atrai a beleza. A escalada rumo a ascensão natural traz a fama que, às vezes, embriaga e proporciona o assédio e a bajulação! Nasce, então, o elogio fácil!
O poder alivia mágoas, elimina frustrações, massageia o ego, satisfaz o espírito, dá garantias, segurança, encobre situações e mascara as até então transparentes verdades do homem. Todos os sintomas desse realismo fantástico podem, no entanto, ser medido e constatado quando o poder se vai.
Não são muitos os homens que sabem conviver com o fascínio resultante do poder. Em menor quantidade são aqueles que sabem perdê-lo! No auge, são poucos os homens que conservam os seus hábitos, as suas amizades e sentam-se à mesa como simples mortais.
Felizes desses, porque serão sempre brindados pelos amigos que conquistaram, quando o poder se for. E o poder se vai! Quando o poder se vai, curiosamente vão-se os ‘amigos’ e com eles toda uma legião de oportunistas.
Vale lembrar que, na gangorra dessa vida, um dia se sobe e no outro se desce. Essa alternância que a vida estabelece proporciona ao povo conhecer o verdadeiro caráter de um homem que teve o poder nas mãos. Proporciona também, e principalmente, ao homem avaliar as pessoas que vivem ao seu lado e à sua volta.
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