Anúncio foi feito ontem pelo recém-empossado presidente do tribunal, José Renato Nalini; prática foi abandonada por empresas como Yahoo! e Best Buy
Mulher trabalha em casa: segundo estudo de Stanford, quem faz home office tem um desempenho 19% maior do que quem trabalha no escritório
São Paulo – Os cerca de 50 mil funcionários do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) poderão trabalhar dois dos cinco dias úteis em casa. É o que o novo presidente do tribunal, o desembargador José Renato Nalini, anunciou ontem durante cerimônia de posse.
Eleito no início de dezembro com 70% dos votos, Nalini já havia defendido a prática do home office em entrevistas.
Ao jornal O Estado de São Paulo, ele afirmou, em 5 de dezembro, que a principal preocupação do mandato, que dura dois anos, seria lidar com a crônica insuficiência de recursos materiais na órgão.
O home office seria uma das medidas para encarar o problema. “Vamos ver se consigo fazer também a flexibilização de horário. Em vez de fazer com que 50 mil pessoas ingressem no mesmo horário, a ideia é que alguns trabalhem em home office. O que nos interessa é produtividade”, disse ao jornal.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo de hoje, o novo presidente afirmou que o projeto é experimental e haverá treinamentos para implantar o sistema.
No ano passado, empresas como Yahoo!, Best Buy e HP abandonaram a prática. Em nota, divulgada aos funcionários do Yahoo! em fevereiro passado, Jackie Rese, vice-presidente executiva de pessoas e desenvolvimento da empresa, afirmou que “velocidade e qualidade são muitas vezes sacrificadas quando se trabalha de casa”.
Pesquisadores da Universidade de Stanford, dos Estados Unidos, contudo, não comprovaram esta tese, segundo relato de reportagem da revista VOCÊ S/A.
Em estudo feito com funcionários de uma agência de turismo na China, eles constataram que quem fazia home office tinha um desempenho 19% maior do que quem trabalhava apenas no escritório
Exame
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