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terça-feira, 20 de outubro de 2015

ASSOCIAÇÕES PRESSIONAM E GESTORES DO IPSM EXPLICAM AJUSTES DE BENEFÍCIOS


"Depois do silêncio da redução da contribuição patronal de 20 para 16%, e sem proposta para reforma da previdência entidades de classe resolvem pedir "explicação ao IPSM." josé luiz barbosa, sgt pm - rr.


O presidente da Aspra/PMBM, sargento Bahia, acompanhado de outros representantes de classe se reuniu com o Comandante Geral da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Coronel Marco Antônio Bianchini,  nesta segunda-feira, 19. O encontro teve a finalidade de encaminhar um manifesto assinado por suas respectivas entidades - UMMG, COPM, ASPRA/PMBM, AOPMBM, CSCS, CUME e ASCOBOM - contra a readequação de benefícios pelo Instituto de Previdência dos Servidores Militares (IPSM).Os ajustes foram anunciados no último dia 22 de setembro pelo diretor geral do instituto, Cel Márcio Cassavari.
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Na ocasião, Coronel Bianchini, também presidente do Conselho de Administração do IPSM, apresentou um cenário mais otimista em sua explanação. De acordo com o oficial, nenhuma decisão de exclusão de benefícios está tomada. “O que houve foram deliberações do conselho, no sentido de sugerir mudanças pontuais na concessão de algumas vantagens”, explicou.
O comandante geral sinalizou a possibilidade de alteração no auxílio funeral, que atualmente está sendo pago duas vezes aos dependentes dos militares: uma pela própria instituição Polícia Militar, que representa o estado, e a segunda pelo IPSM. No que diz respeito à suspensão do fornecimento de alguns tipos de medicamentos de uso contínuo, o comandante afirmou que este serviço continuará sendo prestado pelo Centro Farmacêutico (CFarm) do Hospital Militar (HPM).
Questionado pelo presidente da Aspra, o coronel foi categórico em afirmar que não existe nenhum projeto do governo do estado para alterar a lei que regulamenta a questão. O comandante também alertou para a crise financeira que se instaurou no país, e por consequência, em Minas Gerais. O estado possui, atualmente, uma dívida de 1,5 bilhões com o IPSM, o que dificulta os repasses necessários para que aquela autarquia consiga desempenhar suas atividades com plenitude e integralidade.
Assunto motiva nova reunião no Instituto de Previdência dos Servidores Militares
No período da tarde, nova reunião aconteceu, desta vez no auditório do IPSM, entre os mesmos representantes da classe e o diretor geral do instituto, Cel Márcio Cassavari, que por sua vez recuou no anúncio de alguns cortes, especialmente no que tange ao fornecimento dos medicamentos.
Participou do encontro, ainda, o Diretor de Saúde da PMMG, Cel Vinícius Rodrigues, que declarou que “o estado não está custeando a previdência dos militares”, como prevê a constituição, ficando a própria categoria responsável pelo custeio do benefício, já que cada militar destina cerca de 8% de seus vencimentos para a contribuição previdenciária.
O diretor geral anunciou, no entanto, um contingenciamento das atividades para enfrentar a crise pela qual passa o estado. Por exemplo, os remédios que são distribuídos gratuitamente pelo governo federal devem deixar de integrar a tabela dos medicamentos fornecidos pelo IPSM, uma vez que a medida não acarretará prejuízo ao beneficiário. Coronel Cassavari também indicou que, a pedido do Ministério Público, nova licitação deve ocorrer para a contratação de médicos no HPM. Apontou, ainda, a necessidade de regulamentar os parâmetros que classificam um medicamento como de alto custo.
Sargento Bahia, presidente da Aspra/PMBM, manifestou alívio com a moderação de discurso pelos gestores do IPSM e reiterou o caráter vigilante da associação. Bahia também defendeu a inclusão de noções previdenciárias e de saúde nos cursos de formação dos militares mineiros. Um documento explicativo da readequação das atividades será redigido em conjunto pelo diretor geral e presidente do conselho de administração do Instituto, com o parecer das entidades de classe.   

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