"O debate da proposta de desmilitarização revela que os oficiais e delegados, sem nenhuma dúvida, não estáo preocupados com a segurança pública, mas com seu status e poder, já que há uma estratégia articulada pelos coronéis, que se originou-se em Minas Gerais para que a carreira jurídica militar, seja implantada em todas polícias militares.
Este projeto de poder, além de protegê-los, será fundamental para se atrelarem aos delegados que lutam pela equiparação com os promotores de justiça." Acordem! antes que seja tarde demais...
José Luiz Barbosa, Sgt PM - RR, especialista em segurança pública, ativista de direitos e garantias fundamentais e militante na luta contra o assédio moral nas instituições militares.
Nós transcrevemos um comentário recebido contrário à transformação das Polícias Militares em polícia de ciclo completo.
Optamos por fazê-lo, apesar das incorreções evidentes, em razão do nosso interesse ser a ampliação da discussão sobre temas de extrema relevância para nós, Policiais Militares, como: a desmilitarização, a unificação e a adotação do ciclo completo.
O conteúdo sinaliza que o autor não é Policial Militar, mas isso não tira o valor do texto para servir de subsídio para que possamos formar a nossa opinião.
"Anônimo
22 de outubro de 2015 20:03
Blá blá blá, blá blá blá e blá blá blá.
E sempre a velha pose de imperialistas defensores da ética e da moral com o chicote à mão. Só faltou enfatizar que a ausência do sagrado militarismo fará da polícia uma instituição anarquista...
Não querem é perder o queijo, isso sim. Instituição militar é EB, MB e FAB. A desmilitarização resolverá boa parte dos problemas de segurança pública, sim, pois, sobretudo, o efetivo uniformizado para policiar as ruas deverá ser aumentado com o ingresso dos excelentíssimos ex-oficiais que também executarão os serviços de polícia ostensiva, o que, hoje, dado ao regime militar dessa polícia, não ocorre por haver inúmeros "funcionários iluminados" trancados em gabinetes assinando e rubricando papéis inúteis elaborados e confeccionados por soldados, cabos, sargentos e subtenentes.
É sabido que a sociedade rejeita este modelo autoritário e infante de fazer a segurança pública (se é que existe SP). Concordo, entretanto, com a alma infante do BOPE, mas também não precisa ser militar. Vide a Special Weapons And Tatics.
Pois bem, oficiais estão lutando de todas as formas para que o caráter militar não seja retirado, mas os oficiais sabem que mais dia menos dia não haverá saída: as PMs (modelo militar) serão extintas para ceder espaço a um modelo de polícia da qual se espera mais profissionalismo e menos improvisos, tendo como objetivo a defesa das pessoas, e não somente operações de guerra, a qual combine com o regime democrático e todos os seus integrantes estejam ocupados com o policiamento das ruas, onde o pagador de impostos circula.
São mais de 200 anos de regime militar e a violência só aumentou porque, além da inexistência de compromisso dos nossos políticos (que parecem adorar a existência de forte e crescente criminalidade e a opressão contra o policial militar), policiais militares não mudam seus dogmas e tradições, quando o que deveria ser valorizado é a CIDADANIA.
Para que uma polícia necessita de banda marcial? Para que necessita de rancho? Para que necessita de um Estado Maior (com um monte de chefes de seção) por aquartelamento? Um simples capitão já possui gabinete, motorista e viatura abastecida para atendê-lo em suas necessidades PESSOAIS, o que não ocorre em qualquer das Forças Armadas.
Para não perderem o glorioso futuro de estrelas douradas, alimentam o tal ciclo completo (como assim completo, já que apenas se encarregariam dos crimes de menor potencial ofensivo?), que, ao mesmo tempo, além de causar impacto com status de REVOLUÇÃO INSTITUCIONAL para desviar o desejo popular por uma polícia ostensiva não-militar,venderia o sonho de reformulação dessa polícia rejeitada. Tudo balela.
Querem é aumentar os seus poderes, igualando-se ao delegados de polícia (inclusive no salário) e evitar a desmilitarização que interromperia o imperialismo. O sonho daqueles que ingressaram em uma escola de formação de oficiais é chegar ao último posto e ter poder sobre os demais.
Senão, por que lutam contra a desmilitarização se a maior parte do efetivo que realmente está nas ruas o deseja? Simples: no militarismo oficial pode tudo, é quase um ser divino, sem que precise experimentar a rotina dos serviços prestados. Será que os Estados Unidos e outros países estão errados em relação ao modelo de polícia existente por lá? Companheiros, quando oficial PM resolve "lutar por algo", saibam que esta algo é interesse deles, e não da corporação ou sociedade.
Foi assim naqueles 155% de aumento apenas para os coronéis (quem lembra?), foi assim quando ousaram levantar a voz contra o chefe do executivo estadual. E se você acredita que o ciclo completo lhe trará autoridade de polícia judiciária enquanto patrulha as ruas, não se iluda, pois eles estão querendo, apenas, agregar valor à carreira deles. Você, operário, continuará escravo de um sistema que o oprime para que eles prosperem até alcançarem cargos políticos bem remunerados."
Policiais Militares divulguem o nosso portal e votem na enquete.
Fonte: http://www.sospoliciais.com/
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