Sistema de Indicadores de Percepção Social foi lançado pelo Ipea.
Levantamento divulgado nesta quarta também avaliou a prática cultural.
O sistema judiciário brasileiro recebeu nota de 4,55 (numa escala de 0 a 10) segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). A maioria das 2.770 pessoas entrevistadas fez uma "avaliação geral bastante crítica da justiça", de acordo com a pesquisa.
Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (17) e fazem parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), lançado pelo instituto. Na primeira avaliação, além do Judiciário, os entrevistados também foram questionados sobre organização urbana e prática cultural. A margem de erro geral de ambas as pesquisas é de 1,86%.
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O levantamento foi feito nos 26 estados e no Distrito Federal e ouviu os entrevistados sobre diversos serviços prestados pelo Poder Judiciário. Quando questionados sobre que nota dariam para a Justiça brasileira, de zero a dez, a média nacional das respostas foi de 4,55.
A rapidez na decisão dos casos também foi considerada insuficiente, com nota média de 1,18. A mesma nota também foi dada pelos entrevistados quando o tema foi imparcialidade dos magistrados. Para a maioria dos entrevistados, a Justiça trata de forma diferenciada as pessoas, dependendo da classe social, sexo e etnia.
No item da pesquisa que indaga sobre a honestidade dos integrantes da Justiça a nota média, de 0 a 10, foi 1,17.
Segundo a pesquisa, nas regiões Norte e Centro-Oeste o sistema judiciário recebeu as melhores avaliações por parte dos entrevistados. Com relação ao sexo, os homens foram os que deram menor nota para a Justiça – 4,43 .
A média da avaliação feita pelas mulheres ficou em 4,65, e dos homens, em 4,43.
A pesquisa ainda mostrou que os autores de ações na Justiça costumam fazer uma avaliação pior da Justiça (média de 3,79) que os réus (média de 4,43). Os que nunca tiveram experiência na Justiça avaliaram o sistema com média de 4,96.
Avaliação cultural
Na parte da pesquisa sobre organização urbana e prática cultural, 40,8% dos entrevistados consideraram os lugares públicos como mal situados em relação ao local onde moram. Os espaços verdes foram considerados como bem situados para 30,7%.
Na parte da pesquisa sobre organização urbana e prática cultural, 40,8% dos entrevistados consideraram os lugares públicos como mal situados em relação ao local onde moram. Os espaços verdes foram considerados como bem situados para 30,7%.
Quando a pergunta foi sobre a localização dos equipamentos culturais, 55,3% dos entrevistados da Região Sul do país consideraram os equipamentos mal situados. A pior avaliação veio da Região Norte, onde 43,4% dos entrevistados consideraram a localização como ruim.
Para 35,4% dos entrevistados, o tempo é insuficiente para se fazer tudo que se deseja, enquanto 44,9% afirmam que o tempo é suficiente, mas que sempre há alguma atividade a ser feita.
Se tivessem mais tempo livre, 33,3% dos entrevistados gostariam de fazer cursos de aperfeiçoamento profissional. A prática esportiva foi considerada como prioridade para 16,1% dos entrevistados, se tivessem mais tempo livre. Para 51,8% dos entrevistados, os preços altos são considerados obstáculos para o acesso à cultura.
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