Denúncia recebida por e-mail sobre violação de direitos de militares presos

Sou policial militar da ativa e estou servindo na cidade de Uberlândia/MG. Tenho presenciado companheiros nosso sendo desrespeitados em seus direitos. No 17° BPM - Uberlândia/MG, tem um "Presídio Militar" com apenas uma cela. Nesta mesma cela são recolhidos presos provisórios e condenados, com penas de diferentes natureza, em total desrespeito à Lei de Execuções Penais. O presos do regime semi-aberto saem para trabalhar e não podem ter o merecido sossego à noite, pois a movimentação de tropa e o barulho vindo de várias partes do batalhão torna esse direito impossível. O local não tem estrutura nenhuma para "recuperar" esses profissionais. Há revista inopinada à noite, sem qualquer fundada suspeita, só para "estressar" o pessoal. A cela não possui ventilação adequada, pois as janelas possuem vidraça de acrílico que impedem a passagem do ar e da luz solar. O calor no interior da cela é insuportável. Durante o dia, quando a luz é desligada, parece uma solitária melhorada. Durante o dia, com a lâmpada apagada, é impossível realilzar leituras, só pra ter uma noção. Mudam constantemente o horário do banho de sol, chegando a ser mudado duas vezes na última semana. Basta qualquer problema bem pueril para haver represálias como recolher aparelhos utilizados para recreação, vez que não tem programa de práticas desportivas e nem educacinais. Os alunos dos cursos de formação da PM são informados de que "tudo que não presta está debaixo da intendência", fazendo-se referência à cela. Desta forma, estão preparando os futuros profissionais de segurança pública a desenvolverem atitudes de "intolerância", em que pese esses detentos ainda possuirem o direito de serem respeitados e ter a garantia de ter respeitada sua dignidade como pessoa humana, assegurados pela Constituição Federal. São militares da ativa, podendo, após cumprirem a pena, retornar ao trabalho junto a sociedade e seus companheiros de farda. Oficiais tem proibido os militares de serviço de conversarem com seus companheiros presos, promovendo deliberadamente o preconceito e a intolerância no seio da tropa. Todos, muitas vezes criticamos o sistema carcerário, nos dignamos de serem promotores dos direitos humanos e das garantias constitucionais. Mas na verdade é preciso primeiramente dar o exemplo e cumprir "com o dever de casa", fazendo-se valer o direito desses profissionais, que na atualidade estão sendo marginalizados pelo sistema. Estou cumprindo com o meu papel. Trago essas informções preliminares e peço para não ser exposto devido as perseguições a que estou sujeito. Peço apenas façam uma visita à unidade prisional do 17° BPM e conversem com os militares presos para ter uma nossa melhor.