Partidos da base aliada do futuro governo de Dilma Rousseff anunciaram nesta terça-feira (16) a formação de um bloco unindo partidos que têm 200 deputados eleitos para a Câmara. A principal legenda do bloco é o PMDB. O acordo reúne também PP, PR, PTB e PSC.
A movimentação tem no horizonte a disputa pela Presidência da Câmara. Um pré-acordo define um revezamento entre PT e PMDB no cargo, mas existe a disputa sobre quem começa na presidência e se o acordo se estende ou não ao Senado.
O PT saiu com a maior bancada das eleições, com 87 deputados. O PMDB tem 79 e é o segundo partido na Câmara. No Senado acontece o inverso – o PMDB terá 19 parlamentares, e o PT, 14 a partir de fevereiro de 2011. Pela tradição das Casas, o maior partido tem preferência para ocupar a presidência, mas isso nem sempre é obedecido.
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que é um dos cotados para presidir a Casa, nega que a formação do bloco vise um confronto com o PT. “O bloco não é para confrontar, é para organizar o trabalho na Casa e fora dela. Nossa ofensiva é para ajudar o governo Dilma. O PT será sempre bem-vindo. Não é uma atitude de confronto.”
O líder do governo na Casa, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também tem o nome citado entre os que podem presidir a Câmara, disse encarar com “naturalidade” a ação dos aliados, mas ressalvou que é preciso saber qual é a real intenção dos partidos.
"É positivo que partidos com ideologias semelhantes se juntem para as votações, mas não sei qual é o objetivo de um bloco desse tamanho.” Vaccarezza afirma que a intenção do PT é discutir a questão do comando da Câmara sem gerar problema na base de Dilma ou com o PMDB. As informações são do G1.
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