Como temos cumprido os nossos deveres? Na família, na escola, na profissão, como temos nos portado?
Somos dos que primamos pela qualidade do que fazemos, sempre preocupados em realizar o melhor ou somos dos que não nos importamos muito com o resultado, desde que a tarefa seja concluída?
Embora vivamos em uma sociedade que exige qualidade, especificações técnicas, aprimoramento profissional, observamos que, de um modo geral, cada qual busca fazer o estritamente necessário e exigível.
E, contudo, deveria ser tão diferente. Deveríamos nos preocupar em tudo realizar da forma mais primorosa, quase perfeita.
Deveríamos ser criaturas sempre insatisfeitas com os resultados dos nossos trabalhos, no sentido de, embora reconhecê-los bons, saber que sempre existe a possibilidade de se melhorar um tanto mais.
Se todos assim pensássemos, não haveria necessidade de possuirmos órgãos controladores, disciplinadores, fiscalizadores e reguladores de qualidade.
Não haveria peças defeituosas, mal elaboradas, tarefas mal executadas.
A preocupação constante e de todos seria realizar o melhor.
Recordamos de que há muito tempo, na Grécia Antiga, um escultor já velho estava lapidando um bloco de pedra.
Com cuidado, examinava a rocha com o cinzel, lascava um fragmento por vez, avaliando as medidas com suas mãos vigorosas antes de dar mais um golpe.
Quando estivesse pronta, a peça serviria de capitel, aquela parte superior das colunas. Ela seria içada e colocada sobre o topo de um comprido pilar. A coluna comporia o suporte do teto de um templo majestoso.
Um funcionário do Governo, que passava, em vendo o esforço do escultor se aproximou e lhe perguntou:
Para que gastar tanto tempo e esforço nessa parte? Essa peça vai ficar a quinze metros do chão. Nenhum olho humano será capaz de ver esses detalhes.
O velho artista descansou o martelo e o cinzel. Enxugou o suor da testa, fixou seu interlocutor e respondeu:
Mas Deus verá!
A frase resume a consciência da criatura que sabe que, embora possa enganar os homens, não enganará a Divindade. Retrata igualmente a consciência do dever, que é um dos belos ornamentos da razão.
* * *
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de se cumprir por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração.
O dever do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.
E o homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, mas porque confere à alma suficiente vigor para o seu desenvolvimento.
Somos dos que primamos pela qualidade do que fazemos, sempre preocupados em realizar o melhor ou somos dos que não nos importamos muito com o resultado, desde que a tarefa seja concluída?
Embora vivamos em uma sociedade que exige qualidade, especificações técnicas, aprimoramento profissional, observamos que, de um modo geral, cada qual busca fazer o estritamente necessário e exigível.
E, contudo, deveria ser tão diferente. Deveríamos nos preocupar em tudo realizar da forma mais primorosa, quase perfeita.
Deveríamos ser criaturas sempre insatisfeitas com os resultados dos nossos trabalhos, no sentido de, embora reconhecê-los bons, saber que sempre existe a possibilidade de se melhorar um tanto mais.
Se todos assim pensássemos, não haveria necessidade de possuirmos órgãos controladores, disciplinadores, fiscalizadores e reguladores de qualidade.
Não haveria peças defeituosas, mal elaboradas, tarefas mal executadas.
A preocupação constante e de todos seria realizar o melhor.
Recordamos de que há muito tempo, na Grécia Antiga, um escultor já velho estava lapidando um bloco de pedra.
Com cuidado, examinava a rocha com o cinzel, lascava um fragmento por vez, avaliando as medidas com suas mãos vigorosas antes de dar mais um golpe.
Quando estivesse pronta, a peça serviria de capitel, aquela parte superior das colunas. Ela seria içada e colocada sobre o topo de um comprido pilar. A coluna comporia o suporte do teto de um templo majestoso.
Um funcionário do Governo, que passava, em vendo o esforço do escultor se aproximou e lhe perguntou:
Para que gastar tanto tempo e esforço nessa parte? Essa peça vai ficar a quinze metros do chão. Nenhum olho humano será capaz de ver esses detalhes.
O velho artista descansou o martelo e o cinzel. Enxugou o suor da testa, fixou seu interlocutor e respondeu:
Mas Deus verá!
A frase resume a consciência da criatura que sabe que, embora possa enganar os homens, não enganará a Divindade. Retrata igualmente a consciência do dever, que é um dos belos ornamentos da razão.
* * *
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de se cumprir por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração.
O dever do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio.
E o homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, mas porque confere à alma suficiente vigor para o seu desenvolvimento.
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