Senador prevê fisiologismo do partido no governo Dilma e está descrente com os novos parlamentares. Ficha limpa em 2012 anima o peemedebista.
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) mantém a postura independente de criticar o governo, os colegas parlamentares e o próprio PMDB, o maior partido do país e parceiro dos petistas na chapa que elegeu Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB).
Em entrevista à TV Congresso em Foco (clique ao lado para assistir), ele afirmou que o partido tem sede de poder pelas vias do fisiologismo de “outras coisas mais graves”. Jarbas entende que isso não deve mudar no governo Dilma, no qual o PMDB terá cinco ministérios: Minas e Energia, Previdência, Secretaria de Assuntos Estratégicos, Turismo e Defesa.
Para ele, o partido estará sempre em busca de cargos e verbas públicas. “Eu tenho impressão que ele não vai perder seu aspecto guloso e de querer sempre açambarcar aquilo que tem muitos recursos, aquilo que tem alguma coisa para dar”, disparou o senador, em entrevista durante a cerimônia do Prêmio Congresso em Foco.
Ele também não poupou críticas à qualidade do novo Congresso, que começa suas atividades em 2011. Jarbas acha que a “mediocridade” política vai continuar no Brasil.
“Ninguém pode assegurar que essa legislatura vá ser melhor que a outra, porque os nomes que estão chegando não entusiasmam para que a gente possa fazer essa comparação”, desdenhou Jarbas.
Descrente com a aplicação imediata da lei da ficha limpa, Jarbas se diz satisfeito com o desfecho da história. Para o senador, isso “representa que, na próxima eleição, a aplicação dela ser total e geral”.
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