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ITALO NOGUEIRA
DO RIO
DO RIO
A Secretaria de Segurança do Rio vai instituir, a partir do ano que vem, premiação para a redução de mortes provocadas pela polícia. A média de autos de resistência no Estado é de cerca de dois casos por dia.
A medida será semelhante à premiação por alcance de metas já adotada há um ano e meio. O governo já distribuiu cerca de R$ 17 milhões em um ano a policiais pela redução de homicídios, roubos de veículos e na rua.
Entre janeiro e outubro deste ano, 697 pessoas foram mortas pela polícia em supostos confrontos, segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública) -em São Paulo, foram 388 mortes entre janeiro e setembro.
Apesar da alta cifra no Rio, há queda de 22% comparado ao mesmo período de 2009. A secretaria não divulgou a meta a ser instituída.
A nova premiação chega 12 anos após o fim da "gratificação faroeste", adicional ao salário de policiais por "atos de bravura". A medida, que vigorou entre os anos de 1995 e 1998, no governo Marcello Alencar, premiava na prática a morte de suspeitos, segundo especialistas.
Os autos de resistência -rúbrica sob a qual mortes provocadas por policiais em serviço são inscritas- tiveram recorde em 2007, primeiro ano da gestão Sérgio Cabral Filho (PMDB).
Foram 1.330, o maior desde 1998, quando começou o registro discriminado dos casos. A principal marca do setor foi a operação no Complexo do Alemão em junho de 2007, quando 19 suspeitos foram mortos pela polícia.
A redução começou apenas em julho de 2008. Segundo analistas, reflexo da morte do menino João Roberto Amorim, 3, atingido por PMs que acreditavam atirar num carro com bandidos em fuga.
Em 2008, foram 1.137 casos, e em 2009, 1.048. Se mantido o ritmo, a estimativa para 2010 é de 813 vítimas.
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