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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

IBGE: Um a cada 2 brasileiros se sente inseguro mesmo em casa

Estudo do Pnad 2009 revela que 77 milhões de pessoas têm medo de andar pelas ruas por causa da violência

15 de dezembro de 2010 | 11h 34
Luciana Nunes Leal e Felipe Werneck - O Estado de S.Paulo
RIO - Apenas 52,8% dos brasileiros, pouco mais da metade da população do País, com 10 anos ou mais se sentem seguros nas cidades onde vivem, revela o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Suplemento de Vitimização e Justiça da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, divulgado nesta quarta-feira, 15. São 77 milhões de pessoas com medo de andar pelas ruas por causa da violência.
A sensação de segurança aumenta gradativamente quando a referência é o bairro de residência, onde 67,1% declararam se sentir seguros, e o domicílio (78,6%). Ou seja: à medida que a população se afasta do local onde mora, o sentimento de insegurança aumenta. Mas, mesmo em casa, quase um em cada cinco brasileiros se sentia inseguro.
Os menores porcentuais de sensação de segurança foram registrados na Região Norte: 71,6% no domicílio, 59,8% no bairro e 48,2% na cidade. O Estado do Pará lidera o ranking nacional de insegurança. Lá, apenas 36,9% se sentiam seguros nas cidades onde moravam. Já a Região Sul apresentou as maiores proporções de sentimento de segurança: 81,9%, 72,6% e 60,5%, respectivamente.
A maior sensação de segurança foi registrada em Tocantins. O estudo mostra que quanto maior é a renda das famílias, maior a sensação de segurança nos domicílios. Já para os bairros e cidades, a relação se inverte, com maior sentimento de segurança entre as famílias com menores rendimentos.
Moradores de áreas rurais se sentem mais seguros. Quando a referência é a cidade onde vivem, a diferença chegou a quase vinte pontos porcentuais em relação a moradores de áreas urbanas: 69,3% se sentem seguros em áreas rurais, ante 49,7%. Os homens se declaram mais seguros que as mulheres tanto em casa como no bairro e na cidade. A sensação de segurança estava mais presente na faixa etária de 10 a 15 anos.
Fonte: Estadão

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