Polícia - MOGI NEWS
Fora da lei
Corregedoria prendeu 17 policiais da região
Assalto a bancos, cobrança de propina e esquema de desvio de veículos foram casos de repercussão envolvendo policiais do 35º Batalhão de Itaquá
Leandro Dilon
Da Região
Da Região
Guilherme Berti
35º Batalhão da PM de Itaquá foi da região o com o maior número de policiais denunciados
A Corregedoria da Polícia Militar e a da Civil prenderam 17 homens este ano no Alto Tietê. Do total, 10 policiais são acusados por formação de quadrilha e furto a dois bancos no início do ano em Itaquá. Os demais crimes são de corrupção, extorsão, tráfico e posse ilegal de arma. Entre os policiais civis, um delegado foi parar atrás das grades por comandar um esquema de desvio de caminhões roubados.
O 35º Batalhão da PM foi o que mais sofreu baixas por policiais envolvidos com o crime. A invasão ao Banco Real e Banco do Brasil, na madrugada do dia 16 de abril, repercutiu em todo o Estado, e levantou a suspeita de que algo estava errado com o policiamento local, já que o furto ocorreu a menos de 100 metros de uma base da PM, que fica na Praça Padre João Álvares, no centro de Itaquá.Meses depois, a equipe de investigação da delegacia central divulgou um vídeo do assalto, registrado por câmeras de segurança das agências bancárias e da prefeitura. Nas imagens, vários carros chegam juntos á praça e mais de 20 homens saem dos veículos armados com fuzis, metralhadoras e pistolas. O bando invade os dois bancos e levam dois caixas eletrônicos, que são colocados em duas Fiorinos de cor branca.
Toda a ação criminosa dura pouco mais que 10 minutos e, em nenhum momento, policiais da base que fica na praça aparecem no vídeo. A desconfiança de que PMs estariam envolvidos no furto, que resultou em prejuízo de mais R$ 156 mil aos bancos, ganhou força e o comando do 35º BPM decidiu iniciar uma investigação interna.
No início de dezembro, o tenente-coronel da PM, Emanuel Marcelo Umada, comandante do 35º Batalhão, anunciou que 13 policiais militares, sendo 10 da região, estavam presos acusados de participar no furto aos bancos.
Outros dois PMs de Itaquá passaram alguns dias no presídio Romão Gomes, na capital, acusados de cobrar propina de um empresário, que jogou lixo químico em um terreno na cidade. Se o pagamento fosse efetuado, eles não levariam o caso à delegacia de polícia. No entanto, a atitude errada dos policiais foi denunciada na corregedoria, que agiu rapidamente e deu voz de prisão aos dois policiais.
Flagrantes
Comando crê que prisões mostram transparência
A prisão de policiais causa desconfiança por parte da população em relação à conduta de quem deveria andar sempre na linha. No entanto, o comando da polícia no Alto Tietê acredita que as prisões demonstram também a seriedade da Corregedoria e da polícia em investigar irregularidades nas corporações, o que valoriza a profissão e, principalmente, os policiais que lutam e defendem a sociedade
Para o capitão da PM, Felício Kamiyama, chefe do setor de Assuntos Civis e porta-voz do CPAM-12, neste ano foram realizadas investigações em conjunto com a Corregedoria da Policia Militar, tendo, como resultado, 16 PMs indiciados, na maioria das vezes, por crimes contra o patrimônio. "Atualmente, responde a inquérito policial militar e a Processo Administrativo, o que, comprovada a participação dos mesmos nos delitos apontados, resultará em suas condenações e expulsões da Policia Militar. Atualmente, 10 estão presos, enquanto seis respondem em liberdade".
Kamiyama lembra que são mais de 100 mil homens e mulheres que representam a PM em todo o Estado, e que os estatutos e regulamentos disciplinares são extremamente rigorosos para manter a postura e conduta dos policiais. "O trabalho da PM colaborou para a redução dos índices criminais este ano, como a redução de delitos contra a vida e contra o patrimônio, cumprindo com a nossa missão, que é de ´proteger os direitos das pessoas no Alto Tietê´", finaliza.
Sobre a prisão dos 10 policiais de Itaquá, envolvidos no furto a dois bancos, o comandante do 35º Batalhão, tenente-coronel da PM, Emanuel Marcelo Umada, acredita que o caso serviu de exemplo para os demais integrantes da corporação. "Nós temos que manter os bons policiais e afastar os que não cumprem bem a sua função. No caso das prisões, acho que serviu para mostrar aos bons profissionais que eles precisam continuar exercendo suas funções com qualidade. É dolorido descobrir que policiais cometem crimes, mas temos que punir os culpados, sempre com transparência, como foi feito".Para o capitão da PM, Felício Kamiyama, chefe do setor de Assuntos Civis e porta-voz do CPAM-12, neste ano foram realizadas investigações em conjunto com a Corregedoria da Policia Militar, tendo, como resultado, 16 PMs indiciados, na maioria das vezes, por crimes contra o patrimônio. "Atualmente, responde a inquérito policial militar e a Processo Administrativo, o que, comprovada a participação dos mesmos nos delitos apontados, resultará em suas condenações e expulsões da Policia Militar. Atualmente, 10 estão presos, enquanto seis respondem em liberdade".
Kamiyama lembra que são mais de 100 mil homens e mulheres que representam a PM em todo o Estado, e que os estatutos e regulamentos disciplinares são extremamente rigorosos para manter a postura e conduta dos policiais. "O trabalho da PM colaborou para a redução dos índices criminais este ano, como a redução de delitos contra a vida e contra o patrimônio, cumprindo com a nossa missão, que é de ´proteger os direitos das pessoas no Alto Tietê´", finaliza.
Outros crimes
Além do furto aos bandos, alguns dos policiais presos já tinham denúncias de envolvimento em homicídios, tráfico e roubo. "A polícia investe na proximidade com a comunidade, na gestão de qualidade e na valorização do homem. A prisão dos 10 homens foi de encontro com esses valores defendidos por nós", finalizou o comandante Umada. (L.D
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada