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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Mapa da violência aponta principais causas de morte de jovens

Homicídios, acidentes de transporte e suicídios são causas responsáveis por 62,8% dos óbitos de jovens brasileiros, dos 15 aos 24 anos de idade. O dado consta no Mapa da Violência 2011, organizado pelo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça. O estudo servirá de subsídio para a implantação de políticas públicas de enfrentamento da violência.
A informação é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 04-04-2011.
O Mapa reporta-se a dados dos 27 Estados da Federação, incluído o Distrito Federal, de dez Regiões Metropolitanas, 27 capitais e 5.564 municípios. Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicavam um contingente de 34,6 milhões de jovens em 2008 – 18,3% da população total de 189,6 milhões de brasileiros.
De 1998 a 2008, o número total de suicídios (jovens e adultos) registrado pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) passou de 41,9 mil para 50,1 mil, registrando um incremento de 17,8%, levemente superior ao incremento populacional do período, que foi de 17,2%.
Mas se na população adulta apenas 1,8% das causas de morte deve-se a homicídios, entre os jovens essa violência é responsável por 39,7% dos óbitos. Acidentes de transporte respondem por 19,3% das causas e suicídios por outros 3,9%. Um dado curioso indica que, enquanto o percentual de homicídios cai nas capitais e regiões metropolitanas, a violência cresce no interior do país. Essa área contabilizou um crescimento de 3,0% nos índices de homicídios de 2003 a 2008.
Dos 50,1 mil homicídios registrados em 2008 no Brasil, 83,3% ocorreram em 10% dos 5.564 municípios. Em 41% das localidades não foi registrado qualquer homicídio em 2008 e em 23,3% não ocorreu sequer um caso nos últimos três anos disponíveis na pesquisa (2006, 2007, 2008).
Ainda em 2008, dos 18,3 mil homicídios registrados no país, em 36,6% dos casos as vítimas foram jovens. A taxa de homicídios entre jovens passou de 30 para cada grupo de 100 mil em 1980, para 52,9 por mil em 2008.

De 2002 a 2008, o número de homicídios de jovens brancos caiu 30% nos seis anos (de 6,5 mil para 4,5 mil). Já entre jovens negros, os homicídios passaram de 11,3 mil para 12,7 mil no período, o que representa um acréscimo de 13%.
A violência mata muito mais jovens do sexo masculino do que do sexo feminino: 92% das vítimas de homicídio, 81,6% das mortes por acidentes de trânsito e 79,1% dos suicídios registrados em 2008 foram daquele grupo.
Em dez anos, de 1998 a 2008, o número de óbitos por acidentes de transporte passou de 30,9 mil para 39,2 mil, experimentando um aumento de 20,8%, superior ao incremento populacional do Brasil no período, que foi de 17,2%. É nos finais de semana que se registra o maior percentual de óbitos por acidentes de trânsito na população adulta e jovem brasileira.
Também os índices de suicídio tiveram um incremento de 1998 para 2008. O Brasil passou de 4,2 suicídios para cada grupo de 100 mil habitantes para 4,9 suicídios no período, considerando o conjunto da população. Já entre os jovens, essa taxa pulou de 4,4 para 5,1 suicídios para cada grupo de 100 mil jovens na década analisada. A maior concentração de suicídios encontra-se na região Sul, de modo especial no Rio Grande do Sul.
O número de suicídios de jovens brancos caiu 2,8% entre 2002 e 2008, mas o de jovens negros cresceu 29,4% no período. Chama a atenção os 54 casos de suicídios entre indígenas verificados em 2009 no Mato Grosso do Sul. No país, foram registrados 100 suicídios de indígenas em 2008, o que representa uma taxa nacional de 20 casos para cada grupo de 100 mil, ou seja, quatro vezes superior à média nacional, de 4,9 suicídios em 100 mil.
Os casos de óbitos por causas externas não resultam de decisões individuais, mas significam um fenômeno de natureza social, “produto de conjuntos de determinantes que se originam na convivência dos grupos e nas estruturas da sociedade”, diz o documento. As diversas formas de violência abordadas no Mapa configuram “’tendências’ que encontram sua explicação nas situações sociais, políticas e econômicas que o país atravessa”.
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