Espero que os policiais e bombeiros militares que compareceram a assembléia geral unificada, dando mostra de que será pela luta que alcançaremos respeito e valorização profissional, e é claro uma recomposição salarial que atenda aos critérios de uma vida com o mínimo de qualidade e dignidade, que não arrefeçam os ânimos e disposição, pois pelo que observamos a condução do movimento reivindicatório pelos presidentes de entidades, salvo honrosas exceções, que são o vereador Cb Júlio e o presidente do centro social de cabo e soldados, Cb Coelho, que foram mais incisivos e firmes em seus discursos.
Há um clima de indisposição e tibieza entre os presidentes das entidades na adoção de uma posição de enfrentamento com o governo, o que foi observado pelos participantes da assembléia, e pela parte do Comando, obviamente que não poderemos esperar muito, e por uma simples razão, o cargo de comandante geral, é de confiança e consequentemente político, o que devemos compreender, o que não impede que haja uma interlocução entre este e o governador.
O fato é que, todos sabiam que não seria com a convocação de uma assembléia geral, e uma passeata mesmo com milhares de policiais e bombeiros militares, pelas ruas da capital mineira, que faria o governo abrir o canal de negociação com os representantes de classe.
No entanto, pelos acontecimentos que marcaram a assembléia geral, dentre os quais destacamos, a vedação ao direito de expressão e opinião, havendo ainda a intenção de encerrar a assembléia sem nenhum ato de protesto ou coisa que o valha, assim podemos começar a também exercer como titulares, os direitos associativos, a começar por discutir, votar e aprovar as ações e propostas, pois não podemos comparecer a mais uma encenação.
Não podemos tratar profissionais de segurança pública, como um servidor público qualquer, pois lidam com direitos e garantias fundamentais, e valores imprescindíveis para a vida em sociedade, sendo que para a redução da criminalidade e da violência, não adianta somente investir em logística e infra-estrutura, se não houver na mesma proporção investimento no profissional.
Estamos apostando e dando um crédito de confiança aos presidentes de entidades, entretanto, mais do que discurso para acalentar os ouvidos é fundamental que a participação não seja tão somente com a presença dos policiais e bombeiros militares, para que haja legitimidade da assembléia, mas com posições ambíguas e vacilantes de quem se espera mais energia e firmeza, a jornada de luta não será legitimada.
É preciso que haja um debate, sobre o quadro que enfrentamos e de um estudo mais detalhado sobre política salarial, pois somente avançaremos quando conseguirmos instituir uma política remuneratória que contemple, dentre outros aspectos, a data base e um piso salarial compatível com os valores atualmente adotados em muitos estados da federação.
Não venceremos se não acreditarmos que podemos vencer, e uma luta não se constitui de uma batalha, mas de sucessivos combates, e nos manteremos prontos para uma pronta resposta ao governo, que está ignorando nosso apelo para recompor a única fonte de renda que temos: o salário.
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