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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Drogas estão em 90% do Estado

Atendimento aos usuários é oferecido em apenas 3,9% das cidades mineiras

Municípios de Minas apontam impacto na saúde pública como maior problema do consumo de crack pelos usuários no Estado

A presença das drogas é um problema enfrentado por 90% dos municípios mineiros entre os 752 que responderam ao levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), divulgado ontem, em Brasília. O crack aparece na pesquisa como o principal entorpecente consumido em 75% das cidades do Estado, que está em 12º no ranking nacional em relação à penetração das drogas em seu território. O estudo foi realizado em 4.400 das 5.563 prefeituras do país.
O impacto direto do crack na saúde pública foi o campeão das respostas entre as prefeituras mineiras. Das cidades ouvidas, 44,5% disseram que o consumo de drogas tem provocado problemas na rede de atendimento.
Enquanto os números relacionados ao crack demonstram a escalada do problema, as políticas públicas de enfrentamento aparecem com dados desanimadores. Apenas 30 cidades mineiras (3,9%) afirmaram oferecer os serviços dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), programa responsável pelo tratamento de usuários de drogas. Entre as cidades entrevistadas, 219 não possuem o programa (29%) e 503 não responderam (66,8%).
O subsecretário de Políticas sobre Drogas de Minas, Cloves Benevides, admitiu que ainda existe uma fragilidade no atendimento aos usuários no Estado, mas acredita que os programas lançados recentemente pelo governo, como o Aliança pela Vida, irão começar a mudar essa realidade. "Estamos integrando todos os órgãos envolvidos para capacitar os profissionais e desenvolver projetos de enfrentamento", disse Benevides. Segundo ele, no próximo ano o Estado irá financiar 20 novos Caps.
O subsecretário explicou ainda que a primeira medida preventiva que o município deve tomar é a criação de um Conselho Municipal Antidrogas (Comad), que, segundo a pesquisa da CNM, está presente em apenas 17,9% dos municípios do Estado. "Com a falta de incentivo federal e estadual, as prefeituras, que estão na ponta do atendimento, sofrem a consequência da falta de prevenção", destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkolski.
Investimento. No ano passado, dos mais de R$ 124 milhões autorizados para a Gestão da Política Nacional sobre Drogas, o Governo federal pagou pouco mais de R$ 5 milhões. Em 2011, a situação não se alterou. Na Lei Orçamentária Anual, estavam autorizados pouco mais de R$ 33 mi para o enfrentamento do problema, mas o Governo pagou apenas R$ 4,5 milhões.
Segurança em 40,5% dos municípios é prejudicada
A circulação de crack e outras drogas causa impactos na segurança [/RET_TEXTO]em 40,5% dos municípios de Minas Gerais que responderam à entrevista. Em Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, praticamente toda semana um traficante é preso, conforme o delegado Jorge Antônio Pereira.
"Percebemos um grande consumo de crack em algumas regiões que alimentam um tráfico violento, onde frequentemente morrem pessoas. Para piorar, o município não tem nenhum tipo de política antidrogas", afirma. De acordo com a Prefeitura de Mateus Leme, um programa específico de enfrentamento será criado em 2012, em parceria com a Polícia Militar. (JS)
Minientrevista
"As políticas desenvolvidas são muito ruins"
Paulo Ziulkolski
Presidente da CNM
O Brasil tem conseguido fazer frente ao avanço do crack?
Tanto os governos estaduais quanto a União falam em fazer o enfrentamento ao crack, mas a execução orçamentária e as políticas desenvolvidas são muito ruins. Quem sofre são os municípios.
Qual a maior dificuldade?
Não há fonte de financiamento, nem discussão dos dados que aqui estão. Falta as autoridades se debruçarem sobre o assunto.
O crack está deixando os grandes centros?
Temos exemplo concreto da região canavieira, onde foi constatado que operários que colhem a cana recebem também o crack. (TF) (O Tempo)
MP determina regularização de lixo e esgoto em cidade do Triângulo Mineiro
O pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Justiça concedeu liminares com o objetivo de regularizar questões relativas aos resíduos sólidos urbanos e ao tratamento do esgoto do Município de Romaria, no Triângulo Mineiro.
Segundo a decisao, o município terá que apresentar, em 30 dias, Plano de Mitigação dos Impactos Ambientais e projetos técnicos para implantação de aterro sanitário, adequação da rede de drenagem pluvial e da rede coletora de esgotos, bem como para a construção de Estação de Tratamento de Esgotos (ETE).
De acordo com o promotor de Justiça, a falta de tratamento adequado dos esgotos domésticos e industriais e o depósito de lixo a céu aberto, sem nenhum critério, vêm causando graves danos ambientais na região.

Fonte: O Tempo

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