ENTIDADES MILITARES ACAMPAM EM FRENTE A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA

Desde as primeiras horas da madrugada desta segunda-feira, 23/04, dezenas de policiais militares ativos e da reserva remunerada estão acampados em frente a Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, no setor Oeste, em Goiânia. O protesto é liderado pelas Associações de Cabos e Soldados e de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Bombeiro Militar. A iniciativa que começou hoje e não sem data para terminar tem o objetivo de cobrar dos deputados estaduais a imediata aprovação do projeto que prevê o pagamento de datas-bases atrasadas dos militares e de todos os servidores públicos estaduais.

Há mais de cinco anos os policiais goianos estão sem reposição da inflação e aumento real nos salários. No início de fevereiro deste ano o governo garantiu que começaria a cumprir a sua obrigação de quitar os atrasados. A proposta era conceder 1.68%, referente à data base de 2010 de 6,47%, que deveria ter sido paga integralmente no ano passado, por meio de folha complementar, mais 1,60% e a data-base de 2011 de 6,08% do mês que vem. Outras duas parcelas de 1,52% referentes a 2010, seriam pagas em 2013 e 2014.

O projeto exaustivamente discutido com as entidades representativas dos servidores públicos, como ACS e ASSEGO, que prevê a revisão geral anual da remuneração, dos subsídios e dos proventos do pessoal civil e militar, ativo, inativo e seus pensionistas está na Assembléia Legislativa parado na Comissão Mista da Casa, com pedido de vista do líder do governo, deputado Helder Valim (PSDB).

Diante da demora e da falta de compromisso dos parlamentares em aprovar o projeto as entidades decidiram por acampar em frente a sede do Poder Legislativo para pressionar os responsáveis pela aprovação do mesmo. Os presidentes da ACS, sargento Gilberto Cândido de Lima e da ASSEGO, Maxuelo Braz de Paula, consideram lamentável que os deputados coloquem o projeto debaixo do braço e deixem milhares de militares sem receber, pelo menos, parte de uma reposição salarial que deveria ter sido paga integralmente no ano passado, protestam os presidentes das entidades.

A ACS e ASSEGO vão buscar apoio do Fórum dos Servidores Públicos Estaduais para aumentar a pressão sobre os deputados pela aprovação imediata do projeto, afinal ele beneficia todo o conjunto de trabalhadores do serviço público estadual. Instalados em barracas montadas na porta da Assembleia Legislativa, os militares não pretendem deixar o local antes do envio do projeto aprovado para sanção do governador Marconi Perillo, que na opinião dos presidentes da ACS e da ASSEGO também não tem feito muito empenho pela sua aprovação.

Fonte: ACS