O segundo Centro de Referência em Saúde Mental – Álcool e Drogas (Cersam-AD) de Belo Horizonte será inaugurado em setembro, na Região Administrativa do Barreiro. O anúncio foi feito, nesta segunda-feira (7/5/12), pelo secretário adjunto desta Administração Regional, Wanderley Porto, durante reunião da Comissão Especial para o Enfrentamento do Crack da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, realizada na PUC Minas Barreiro, a requerimento dos deputados Célio Moreira (PSDB) e Tadeu Martins Leite (PMDB).
O Cersam-AD do Barreiro funcionará na rua Barão de Monte Alto, número 211, no Bairro do Cardoso. De acordo com Wanderley Porto, ele terá capacidade para um atendimento ambulatorial a 50 dependentes de álcool e drogas, diariamente, além de vagas para pacientes que precisarem passar a noite ali. O único Cersam-AD que funciona hoje em Belo Horizonte está na Pampulha. Outra instituição que presta atendimento semelhante é o Centro Mineiro de Toxicomania (CMT), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Apesar da ampliação de serviços, os representantes da Prefeitura de Belo Horizonte também receberam cobranças e críticas. O presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil, pastor Wellington Vieira, afirmou que o Cersam-AD da Pampulha hoje sofre com a falta de profissionais. "Hoje, lá, há uma espera de 90 dias para consultas com psiquiatras. Por isso, que o Barreiro cobre não apenas o prédio, mas uma equipe que garanta um bom serviço, que é importante", afirmou.
Ainda mais grave foi a denúncia feita pelo coordenador da Pastoral da Sobriedade da Igreja Cristo Redentor, Eduardo Soares da Silva, que frequentemente leva dependentes químicos do Barreiro para atendimento no Centro Mineiro de Toxicomania. "Tem que ter segurança, porque vendem drogas na porta do CMT", disse Silva. Ele também afirmou que, para conseguir atendimento, o dependente precisa chegar ao CMT antes das 7 horas da manhã, o que é difícil.
O deputado Célio Moreira, que é relator da comissão especial, disse que o relatório final irá propor, entre outras medidas, diversas melhorias no CMT. "É um lugar muito apertado, o que dificulta o atendimento. Também precisamos aumentar o número de profissionais", afirmou. Segundo ele, o Barreiro sofre muito com a questão das drogas e precisa de atenção. "Se fosse emancipado, o Barreiro seria a 8ª ou 9ª cidade de Minas", lembrou.
O presidente da comissão, deputado Paulo Lamac (PT), disse que a Assembleia trabalhará em sintonia com a comissão criada pela Câmara dos Deputados para tratar do assunto. "Já existem 11 projetos de lei em tramitação na Câmara que foram propostos pela comissão parlamentar", disse. A deputada Liza Prado (PSB) defendeu a capacitação dos conselheiros tutelares para lidar com o problema. "É triste ver como famílias são levadas ao desespero por causa de drogas", lamentou.
Prefeitura pode financiar vagas em comunidades terapêuticas
A presidente do Conselho Municipal de Política sobre Drogas de Belo Horizonte, Márcia Cristina Alves, disse que a Prefeitura da Capital já estuda um edital para financiar 150 vagas para dependentes químicos em comunidades terapêuticas, que permitem a internação, ao contrário do CMT e do Cersam-AD. Segundo ela, essa é uma das medidas previstas em um programa municipal sobre drogas, ainda não lançado.
Algumas das iniciativas previstas no programa já estão em andamento, como a construção do Cersam-AD no Barreiro e a criação de mais dois Consultórios de Rua, que atendem a população de rua usuária de drogas. "O programa prevê a construção de quatro Cersams-AD. Ainda não foi lançado porque depende de recursos", afirmou.
A referência de Márcia às 150 vagas para internação foi uma resposta da representante da PBH às queixas do presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil, pastor Wellington Vieira, de que o município trata com desdém as comunidades terapêuticas e não as encara como parte de uma rede de atendimento e do plano de enfrentamento às drogas. Márcia negou que haja uma discriminação a essas entidades, mas ressalvou que é necessário critério para credenciá-las a trabalhar com o poder público. A dirigente também afirmou que o Conselho Municipal está aberto para os representantes das comunidades e para as pessoas que sofrem com as drogas, que podem entrar em contato pelo telefone (31) 3277-4153 ou pelo e-mail cmpd@pbh.gov.br.
Requerimentos – Na mesma reunião, foram aprovados dois requerimentos parlamentares. Um deles, de autoria do deputado Marques Abreu (PTB), é para que seja encaminhado ofício à Subsecretaria de Estado de Política sobre Drogas consultando sobre a possibilidade de criação de consultórios móveis para atendimento a usuários de crack.
O segundo requerimento, de autoria dos deputados da comissão, é para que seja realizada visita à Polícia Militar, com o objetivo de discutir o apoio da corporação ao trabalho realizado pelos Consultórios de Rua da PBH. Segundo o requerimento, a visita deve contar com a participação de representantes do Executivo municipal, Ministério Público e Defensoria Pública.
Apesar da ampliação de serviços, os representantes da Prefeitura de Belo Horizonte também receberam cobranças e críticas. O presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil, pastor Wellington Vieira, afirmou que o Cersam-AD da Pampulha hoje sofre com a falta de profissionais. "Hoje, lá, há uma espera de 90 dias para consultas com psiquiatras. Por isso, que o Barreiro cobre não apenas o prédio, mas uma equipe que garanta um bom serviço, que é importante", afirmou.
Ainda mais grave foi a denúncia feita pelo coordenador da Pastoral da Sobriedade da Igreja Cristo Redentor, Eduardo Soares da Silva, que frequentemente leva dependentes químicos do Barreiro para atendimento no Centro Mineiro de Toxicomania. "Tem que ter segurança, porque vendem drogas na porta do CMT", disse Silva. Ele também afirmou que, para conseguir atendimento, o dependente precisa chegar ao CMT antes das 7 horas da manhã, o que é difícil.
O deputado Célio Moreira, que é relator da comissão especial, disse que o relatório final irá propor, entre outras medidas, diversas melhorias no CMT. "É um lugar muito apertado, o que dificulta o atendimento. Também precisamos aumentar o número de profissionais", afirmou. Segundo ele, o Barreiro sofre muito com a questão das drogas e precisa de atenção. "Se fosse emancipado, o Barreiro seria a 8ª ou 9ª cidade de Minas", lembrou.
O presidente da comissão, deputado Paulo Lamac (PT), disse que a Assembleia trabalhará em sintonia com a comissão criada pela Câmara dos Deputados para tratar do assunto. "Já existem 11 projetos de lei em tramitação na Câmara que foram propostos pela comissão parlamentar", disse. A deputada Liza Prado (PSB) defendeu a capacitação dos conselheiros tutelares para lidar com o problema. "É triste ver como famílias são levadas ao desespero por causa de drogas", lamentou.
Prefeitura pode financiar vagas em comunidades terapêuticas
A presidente do Conselho Municipal de Política sobre Drogas de Belo Horizonte, Márcia Cristina Alves, disse que a Prefeitura da Capital já estuda um edital para financiar 150 vagas para dependentes químicos em comunidades terapêuticas, que permitem a internação, ao contrário do CMT e do Cersam-AD. Segundo ela, essa é uma das medidas previstas em um programa municipal sobre drogas, ainda não lançado.
Algumas das iniciativas previstas no programa já estão em andamento, como a construção do Cersam-AD no Barreiro e a criação de mais dois Consultórios de Rua, que atendem a população de rua usuária de drogas. "O programa prevê a construção de quatro Cersams-AD. Ainda não foi lançado porque depende de recursos", afirmou.
A referência de Márcia às 150 vagas para internação foi uma resposta da representante da PBH às queixas do presidente da Federação das Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil, pastor Wellington Vieira, de que o município trata com desdém as comunidades terapêuticas e não as encara como parte de uma rede de atendimento e do plano de enfrentamento às drogas. Márcia negou que haja uma discriminação a essas entidades, mas ressalvou que é necessário critério para credenciá-las a trabalhar com o poder público. A dirigente também afirmou que o Conselho Municipal está aberto para os representantes das comunidades e para as pessoas que sofrem com as drogas, que podem entrar em contato pelo telefone (31) 3277-4153 ou pelo e-mail cmpd@pbh.gov.br.
Requerimentos – Na mesma reunião, foram aprovados dois requerimentos parlamentares. Um deles, de autoria do deputado Marques Abreu (PTB), é para que seja encaminhado ofício à Subsecretaria de Estado de Política sobre Drogas consultando sobre a possibilidade de criação de consultórios móveis para atendimento a usuários de crack.
O segundo requerimento, de autoria dos deputados da comissão, é para que seja realizada visita à Polícia Militar, com o objetivo de discutir o apoio da corporação ao trabalho realizado pelos Consultórios de Rua da PBH. Segundo o requerimento, a visita deve contar com a participação de representantes do Executivo municipal, Ministério Público e Defensoria Pública.
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