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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cortes em investimentos no PPAG são alvo de críticas em debate na Assembléia Legislativa

Na fase de debates do primeiro dia de audiência pública do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG), os participantes questionaram o subsecretário de Planejamento e Orçamento da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), André Reis, em relação aos investimentos para programas como o Minas Olímpica, as usinas de trabalho e os arranjos produtivos locais. Os debates aconteceram no fim da manhã desta segunda-feira (08/11/10), no Plenário da Assembleia Legislativa.
A integrante da Frente de Defesa da Criança e do Adolescente de Minas Gerais, Maria Alice da Silva, criticou o corte nos investimentos no Programa de Medidas Socioeducativas, principalmente nas verbas destinadas à construção de centros socioeducativos. De acordo com Maria Alice, os investimentos para as obras, antes orçados em R$ 28 milhões, serão de apenas R$ 8,5 milhões para o próximo ano. "Nós pedimos um compromisso ético e político com os jovens que cumprem medidas socioeducativas", salientou a representante da Frente.
O subsecretário André Reis afirmou que o Estado reconhece que o Programa de Medidas Socioeducativas precisa avançar e que há muitas questões emergenciais, como a da área de segurança pública, para serem tratadas com prioridade. "O governo é muito pressionado e a capacidade de processamento das demandas é limitada", justificou. Ele citou, ainda, a falta de recursos para investir nas áreas e explicou que os programas que recebem financiamento vindo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sofrem perdas quando o valor do dólar fica baixo, como ocorre atualmente.
O deputado André Quintão (PT) criticou a maneira como as obras são priorizadas. Ele mencionou que a construção de estradas recebe muito mais recursos, mas têm os mesmos procedimentos legais e ambientais exigidos para a construção de centros educativos, o que não justificaria os baixos investimentos. "Parece que o pessoal gosta de inaugurar obras do ProAcesso, mas não os centros socioeducativos", ironizou. O deputado também apontou o preconceito por parte dos municípios como um dos fatores que contribuem para a baixa priorização desse tipo de obra.
Combate à pobreza - Quintão quis saber qual a relação do projeto que cria o Fundo de Erradicação da Miséria e Combate da Pobreza (Femcop), do governador, com a revisão do Plano Plurianual. André Reis pontuou que o fundo não é novidade e que "a pretensão inicial é perenizar os financiamentos", de forma a garantir que haja recursos diretamente voltados para esse tipo de ação.
A audiência contou também com uma crítica ao pedido de Lei Delegada enviado pelo governador do Estado à ALMG na última quinta-feira (4/11/10), para que o Poder Executivo edite lei para estruturar a Administração Pública direta e indireta.
O comentário foi feito pela integrante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE), Beatriz da Silva Cerqueira, que mencionou haver uma incoerência entre o pedido e a realização de audiências públicas, que são uma forma de garantir a participação popular. "As leis delegadas são um monólogo do Poder Executivo", classificou Beatriz.
O subsecretário André Reis disse não estar informado a respeito da mensagem do governador e, diferentemente de ocasiões anteriores, não ouviu comentários sobre grandes alterações na administração pública.





Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - www.almg.gov.br

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