Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

domingo, 10 de abril de 2011

O poder é o exercício da cidadania, exerça o seu na assembléia geral unificada

Todos esperávamos das ASSOCIAÇÕES, mais empenho, energia e o contingenciamento de recursos financeiros para a tarefa de convocar os policiais e bombeiro militares, para participarem da retomada da luta pela valorização profissional, na próxima assembléia geral unificada das entidades dia 13 de Abril, às 14:00 horas no Clube dos Oficiais.
Há uma crença generalizada que nos últimos tempos, o tema tornou-se moeda de troca entre Comando, Governo e Entidades de classe, numa perspectiva de que cada um a seu modo, desmobilize e esvazie o movimento, adotando ações ou omissões para inviabilizar a participação, o que sabemos ser perfeitamente possível e factível, contrariamente neste mesmo período nos desdobramos para reduzir os índices criminais e melhorar o desempenho da prevenção e investigação dos delitos, superando até as metas oficiais.
Isto pode se dar de várias maneiras, seja limitando a divulgação da assembléia, e até restringindo a unas poucas unidades a noticia do movimento reivindicatório, mas sempre dando a entender que se implementou a mais ampla campanha para desimpedir e possibilitar que entre o militar e sua participação na assembléia, somente haja sua vontade a lhe impedir.
Timidamente e às vezes para atender focos de pressão, vimos ações para demonstrar certa preocupação com o presença dos interessados.
Esquecem os dirigentes das entidades, que dentre os pilares de sustentação de uma luta, há um que confere plena legitimidade a causa, que pode assim ser definido: "a nobreza de uma causa não está nas lideranças que a ostentam, mas na força dos que ostentam as lideranças," e neste quesito há associação, que está quase sendo eleita "persona jurídica non grata" um neo conceito jurídico que se popularizou para nomear entidades que estão traindo seus ideais de constituição, para atender talvez a interesse político manifestamente contrário aos seus valores, tradições e princípios fundamentais de sua natureza constitutiva.
As associações não estão se empenhando para que a notícia se espalhe pelos cantões de Minas, para não ampliar a onda de insatisfação que ronda a tropa, desde que o governo prometeu recompor os salários dos policiais e bombeiros militares, mas que até hoje permanece na promessa, e tal compromisso tornou-se referência para todos os policiais e bombeiros militares, e não será com medidas inócuas e de efeito duvidoso que  evitaremos a presença maciça de militares e familiares na assembléia geral unificada.
Se de fato o Comandante Geral, Cel PM Renato, admite participar do processo, um de seus compromissos deveria se constituir em obrigação de não fazer, ou seja, de não permitir que nenhuma ordem ou operação que não estava previamente marcada, possa ser implementada no período compreendido das 07:00 horas do dia 13 de abril, dia da assembléia, até 07:00 horas do dia 14 de abril de 2011, isto bastaria para permitir que a cidadania transcenda o muro dos quartéis.
Não devemos mais esperar ações coordenadas estratégica e politicamente para mobilizar e incentivar a participação, mesmo tendo a disposição, os recursos financeiros das mensalidades, pois conforme estamos presenciando, este item não é prioridade para os atuais representantes de classe, a luta pela merecida e justa valorização profissional, pois não pretendem enfrentar o governo, pois isto também poderia desestabilizar o Comando, o que pode estremecer as relações palacianas, o que implicaria em perdas, até irreparáveis para alguns.
Defendemos e pregamos que o diálogo, ainda é o melhor caminho para o sucesso de um movimento reivindicatório de classe, mas a pauta deve ser discutida item a item e aprovada em assembléia, bem como a contratação de uma agência para elaborar a campanha de valorização, baseando-se na exposição arriscada ao crime, das condições de trabalho, do perigo que ronda a profissão de dia e de noite, da exposição aos agentes naturais e seus fenômenos, entre tantos aspectos que a sociedade precisa conhecer para compreender a urgência em se valorizar a profissão de policial e bombeiro militar como um dos mais importantes pressupostos para melhoria da segurança pública.
O trabalho de cada um, neste momento será decisivo para exigirmos um tratamento apropriado para a importância que representamos, seja pelas associações, pelo governo, e também pelo Comando, nada poderá deter a vontade e a decisão tomada e legitimada pelo poder de uma assembléia, e uma que pretendemos defender é a designação pela assembléia de um representante de cada ciclo hierárquico para fiscalizar as negociações com o governo, para garantir transparência e controle do processo.
Não podemos ser subjugados pela certeza que as entidades alimentam, de que a presença na assembléia geral, como sempre será de uns poucos gatos pingados, o que facilita qualquer ação menos comprometida com a luta pelo reajuste salarial, e assim os culpados são os policiais e bombeiros militares, que não compareceram para dar força ao movimento.
Diferente de outros movimentos passados, que pouca transparência e publicidade foram determinantes para seu objetivo, que se revelou em uma verdadeira encenação política para aplacar a revolta dos policiais e bombeiros militares, mesmo porque o palco do movimento era exatamente o período eleitoral. 
Se não acreditarmos que a valorização de nossa profissão não é motivo suficiente para participarmos da luta, então será melhor nos prepararmos para exercermos outra profissão, porque não merecemos e não respeitamos a profissão que exercemos, o poder para isto é de cada um, e ningúem poderá exercê-lo para você sem seu consentimento, isto também é razão mais do que suficiente para exigir que esta campanha atenda dentre outros requisitos, a exigência de valorizar a profissão perante a sociedade, melhorando a imagem do policial e do bombeiro militar.

"O poder é o exercício da cidadania, exerça o seu na assembléia geral unificada"
José Luiz Barbosa - Presidente da Associação Cidadania e Dignidade.



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