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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Crimes do colarinho branco: os ricos também delinquem

Foto baixada do site: http://galeriacores.blogspot.com/2009_06_01_archive.html
LUIZ FLÁVIO GOMES*

O banco Lehman Brothers, que era o quarto dos EUA, quebrou em 2008 (durante a grande crise financeira mundial) e causou prejuízo para milhares de pessoas. A grande crise citada deu-se pelo seguinte: títulos imobiliários sem lastro, endividamento absurdo, fraude contábil etc. Mas chegou onde chegou com a ajuda de várias companhias.
Uma delas, segundo acusação (civil) da promotoria do Estado de Nova York (dezembro de 2010), foi da grande empresa de auditoria Ernst & Young. Que teria ajudado o banco citado, contribuindo para a maquiagem dos seus balanços. Reduzia-se temporaramente o endividamento do banco, dando sensação de solidez.
Em cena uma vez mais o famoso “golpe” “Repo 105” (que permitia o encobrimento das dívidas). Milhões de dólares de dívidas teriam sido escondidas. Com isso foi possível iludir muita gente, incluindo o fisco e as autoridades controladoras das finanças americanas. A empresa de auditoria diz que a operação “Repo 105” é per se legítima.
No escândalo da bolha dos anos 1990, que estourou em 2001, eclodiu uma série enorme de fraudes praticadas pela Enron, WorldCom, Tyco, Global-Crossing, Lucent, Adelphia etc. (cf. Folha de S. Paulo). A empresa de auditoria Arthur Andersen contribuiu para as fraudes nos contratos. Da fraude generalizada muita gente participou.
O Deutsche Bank (o mais potente banco na Alemanha) fez acordo para pagar mais de R$ 900 milhões para evitar processo criminal onde é acusado de ter ajudado americanos ricos a fraudar o imposto de renda.
Em fevereiro de 2009, o UBS (maior banco suiço) confessou que praticava fraudes para clientes americanos e que integrava uma quadrilha que fraudava a receita dos EUA.
Os ricos também delinquem. Vale aqui o princípio da ubiquidade: o crime está presente em todas as camadas sociais (inferiores e superiores). Todos delinquem. Para a cadeia, claro, somente vão os “prisionáveis”. A grande maioria dos ricos não vai para a cadeia porque eles não são, em regra, “prisionáveis”. Maddof é exceção. Um teria que “dar o exemplo”. A malandragem do grande golpe financeiro de 2008 foi generalizada (entre as elites dominadoras). Incontáveis países até hoje não saíram da crise (sobretudo os europeus). As consequencias da grande depressão de 2008 continuam sendo sentidas. Muitos crimes foram cometidos, por gente de colarinho muito branco. Conclusão: os ricos também delinquem.
Veja também do prof. LFG:

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