Porque não se pode comparar o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas na capital paulista com as megaoperações feitas no Rio de Janeiro
Leandro Manço – VEJA

Operação Saturação da polícia na favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo (Moacyr Lopes Junior/Folhapress)
Em vez de morros íngremes com vista para o mar, quilômetros e quilômetros de casebres esparramados pela periferia. Em vez de fuzis e armamentos capazes de derrubar helicópteros, armas de pequeno porte. Em vez de nomes diferentes – Comando Vermelho, Terceiro Comando, Amigos dos Amigos -, apenas três palavras: Primeiro Comando da Capital, ou simplesmente PCC. Em comum, drogas, miséria e a ausência do estado.
Entre semelhanças e diferenças entre as favelas do Rio de Janeiro e de São Paulo, fica a pergunta: uma ocupação semelhante a que ocorreu nas comunidades cariocas seria bem sucedida na capital paulista?
A polícia militar de São Paulo afirma que não. Segundo a PM, a estratégia para enfrentar o crime organizado na maior megalópole da América Latina engloba setores de inteligência, delegacias especializadas, blitze em rodovias e operações deflagradas nos locais onde há a confirmação do aumento da violência. Segundo a polícia paulista, isso já é feito – e foi determinante para impedir o domínio completo de regiões da cidade pelos criminosos.
“Não há lugar em São Paulo onde a polícia não entre”, afirma o delegado Wagner Giudice, diretor do Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc). “Essa é a principal diferença daqui para o Rio de Janeiro”.
De acordo com o delegado, a polícia paulista detém as informações de todo o planejamento do PCC. Essa é a teoria. Na prática, o tráfico e a presença do PCC são um problema grave em São Paulo, principalmente na periferia.
O índice de homicídios, por exemplo, caiu de 6.065 em 1998, para 1.622, em 2008. O que é comemorado pelo governo não é tão festejado por quem mora no subúrbio.
“É fato que o número de mortes diminuiu”, observa o escritor N., nascido e criado no Capão Redondo, periferia da Zona Sul de São Paulo, que prefere não se identificar por medo de retaliações do PCC. “Na minha adolescência, perdi dezenas de amigos assassinados. Essa queda agora aconteceu justamente porque existe um controle do PCC na região. O Primeiro Comando não deixa que alguém cometa um homicídio sem que tenha a autorização da facção. Isso cria uma falsa sensação de segurança”.
Para o jurista Walter Maierovitch, ex-secretário Nacional Antidrogas, algumas operações da polícia militar, como a Saturação (veja o quadro abaixo) – com centenas de policias em locais considerados perigosos para a população – são inócuas. “É apenas um espetáculo, sem resultado concreto”, acredita Maierovitch. “É o oposto do que acontece hoje no Rio”. Para o jurista, a ocupação dos morros cariocas é valida porque ataca a principal fonte de renda dos criminosos: o lucro com a venda de drogas. “O governo do Rio deixou de ser populista e assumiu uma política de enfrentamento”.
O jurista atribui o aparente sossego na periferia paulistana à falta de ação da polícia. “Depois dos ataques de 2006, quando o PCC conseguiu esvaziar as ruas da capital, o comando da facção fez uma espécie de acordo de paz com o estado”, afirma Maierovitch. “O PCC, entretanto, continua ditando as regras na periferia”. O governo de São Paulo nega qualquer tipo de negociação com facções criminosas.
A luta contra o tráfico - De acordo com Wagner Giudice, o combate ao comércio de drogas em São Paulo apresenta uma dificuldade geográfica. Diferentemente do Rio de Janeiro, onde está concentrado na entrada dos morros, na capital paulista ele é feito em vários pontos. “O tráfico é espalhado, dissimulado”, diz o delegado. “As apreensões realizadas nessa espécie de mercado varejista resultam em um grande número de presos, mas a quantidade de droga é pequena”. Este ano, segundo Giudice, dos 850 traficantes detidos no Estado, 90% foram presos na capital.
O delegado destaca uma parceria entre o Denarc e os policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite paulista, no combate ao narcotráfico. Segundo Giudice, as coorporações compartilham informações e agem juntos em algumas denúncias. O número de apreensões de drogas aumentou. Enquanto em 2006 foram 8.500, em 2011 o índice subiu para 12.000 registros.
“De modo geral, o PCC controla uma pequena parte do tráfico”, afirma Giudice. “Muita gente trabalha de forma independente, sem ligação com a facção”.
Essas características do tráfico de entorpecentes em São Paulo – classificado de low profile pelo consultor em segurança José Vicente da Silva, coronel da reserva da PM – dá à população uma sensação de segurança. Diferentemente do Rio, o traficante paulista trabalha sem fazer tanto alarde. “Os grupos cariocas chamam a atenção não só pelo tráfico, mas pela exibição de armas e pelo controle do território”, observa Silva. O coronel concorda que não há locais em São Paulo onde a PM seja proibida de entrar pelos marginais, mas afirma que a corrupção entre traficantes e policiais é um dos pilares dessa aparente paz que reina na capital paulista. Ninguém sabe dizer com certeza se – e até quando – ela vai durar.
O Patrão Mandou Avisar Dinho da V.P
O patrão mandou avisar, que o bagulho agora é a vera, se o irmão falo meu irmão, é melhor não duvidar, se joga que o bagulho vai inflamar.
de repente ficou esquisito, la na favela ficou tudo sinistro,ouvi barulho no alto do morrão, é troca de tiro se joga meu irmão. é que ontem baliaram um amigo, o patraõ falou pra destrava os bico.
Os rato cinza tão querendo dim dim, é, mas se subir vai cair.
O patrão mandou avisar, que o bagulho agora é a vera, e os verme na porra do bagulho, se subir vai cair. (repete)
E do x9 é só, só rajada; No leva e tras é só, só rajada.
A vp não é a mesma de antigamente, agora mudo é tudo chapa quente, varios primo leal fechando com os irmãos, pronto pro arrebento, pronto pra missão.
Alguém já viu falar no poder paralelo, é, fala que é nóis um salve branco e o magrelo.
Conexão da baxada pro brasil, 1º comando é só fuzil 2000.
E se os monstro fala não corre, porra não treme, vocês respondem, e mete bala na… então, não corre porra, não treme. 1533.
O patrão mando avisar que o bagulho agora é a vera, e os verme na porra do bagulho, se subir vai cair. (repete)
Dizem que o barato é loco, eu so mais loco ainda, dinho da vp vem brincando com as rima.
O bonde é neurótico, o bonde é nóis mané, se vacila a gente cobra até mulher.
Tu tá ligado amigo nessa parada, nóis mete bala, pisa em cima e sai dando risada.
O branco e o magrelo, tá ligado é chapa quente; João maurício lado a lado com a gente; Vem o mascote, o jojo, andré e mazinho, e na cintura vão de 9 mm; Anderson, ednaldo, o marcelo e joaquim, vem pra somar e não pra dividir; Salve fernando e também o mano tininho; O juliano e o fabi também é primo; vem o madruga e o tchu, o nino e o bafo, o irmão baby que também é aliado; Um salve pro claudinho e o marquinho, truta forte, e nessa vida não podemos contar com a sorte. 1533.
O patrão mandou avisar, que o bagulho agora é a vera, e os verme na porra do bagulho, se subir vai cair. (repete)
E no x9 é só, só rajada; No leva e tras é só, só rajada; No talarico é só, só rajada; Naqueles verme é só, só rajada.
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