Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Uma reação previsível e coletiva dos servidores públicos contra o governo de Minas Gerais

* José Luiz Barbosa

Servidores públicos estão sendo alvo de estratégias e táticas ideologias e políticas, que os estão fazendo crer que é melhor ter o 13º sálario garantido na conta, do que ficar pressionando o governo para que cumpra seu compromisso de pagar o prêmio produtividade, para tanto está se valendo de duas vertentes, a de que há um desequílibrio superavitário das contas públicas, com uma mistura de discurso sutil e técnico montado para contrariar o que a todo instante é anunciado, quando se trata do desempenho financeiro e econômico positivo do Estado.
A julgar pela estratégia do governo, podemos crer que o pagamento do tão esperado prêmio produtividade poderá até acontecer ainda no mês de dezembro, mesmo com todo atraso e no limite da paciência dos servidores públicos, que como afirmamos em outro artigo, cumpriram sua parte no acordo de resultado, e ao insistir na manobra de criar dificuldade para vender facilidade, vem provocando um sentimento coletivo de reação e defensiva dos servidores, que está se transformando na  pedra no sapato dos planos do PSDB nas eleições municipais, e mais a frente na consolidação do projeto de poder que foi adredemente construído pelo Senador Aécio Neves, para concorrer a presidência da república, tendo como marketing eleitoral, sua eficiente e competente gestão em Minas Gerais.
Deixando de lado, o vai e vem das especulações, e da já pública e intensa insatisfação dos servidores pelo atraso e a incerteza de que o governo pagará ou não a justa premiação, devemos agora nos preparar para a contra-ofensiva que mesmo sem anúncio ou mobilização dos servidores públicos, já é o natural e indesejado efeito reverso, pois para toda ação corresponde uma reação igual e de mesma intensidade, em especial para seus aliados, que se "fingem de mortos," pois se até o ano passado, o pagamento foi religiosamente realizado sem muitas dificuldades, e este ano mais parece enredo de novela mexicana, e aplicado como um sedativo para obscurecer a compreensão da importância do projeto sobre política remuneratória que tramita na assembléia legislativa, que prejudica e perverte os princípios fundamentais da relação capital e trabalho, mesmo sendo uma relação com o Estado.
E tudo isto acontecendo, e até agora nenhuma ação concreta para defender os interesses dos policiais e bombeiros militares, que também estarão sujeitos as disposições que passaram a reger a temática de reajuste salarial para todo funcionalismo, o que na prática o governo nos iguala com todas as outras categorias, e ainda submete os futuros reajustes salariais a equação de desempenho econômico e financeiro e ao aumento da arrecadação da receita, sem levar em conta fatores como a reposição inflacionária e a perda do poder aquisitivo do sálario.
Estamos prevendo que a reação de revolta e indignação, não só pelo descompromisso do governo em cumprir seus acordos, mas pelo discurso que sabemos está mais na linha de empurrar com a barriga, nos afigurando mais um teste para aferir o grau do desgaste e o tamanho do estrago político que a inadimplência do pagamento do prêmio poderá provocar no plano político eleitoral do partido e seus parlamentares, com reflexos diretos na pretensa candidatura a presidente da república do Senador Aécio Neves, e a esta abrangência ainda sem cálculo preciso, deverá ainda ser contabilizado a resistência passiva dos servidores, como forma de retaliar o governo, jogando por terra os mirabolantes números das estatísticas oficiais que sustentam o discurso do governo, o que acaba por abalar as bases sobre as quais se sustentará qualquer projeto político sediado em Minas Gerais. 
E tudo por uma simples, mais indestrutível verdade, estamos no Estado, onde se fecundou, germinou e nasceu a luta pela liberdade, e será em nome desta mesma liberdade, que se lutará até vencer os inimigos que a ela estão se opondo.
E uma observação se faz necessário, todo este movimento, que sabemos poucos ousaram acreditar, não terá nenhuma organização formal, por isto sem controle e impossível de desarticular, pois não há também lideranças, que possam ser perseguidas, retaliadas ou cooptadas.E assim como o governo FHC, o PSDB demonstra que somente tem projeto de poder e nada mais.

* Presidente da Associação Cidadania e Dignidade, bacharel em direito, ativista de garantias e direitos fundamentais e Sargento da Polícia Militar de Minas Gerais.

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