Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

1144- O Estado refém do próprio Estado - sem segurança pública, fecha-se o serviço - Joana Flores Dias



O ESTADO REFÉM DO PRÓPRIO ESTADO – SEM SEGURANÇA PÚBLICA, FECHA-SE O SERVIÇO.
Joana Flores Dias

O descaso da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e do Governo de Estado de Minas Gerais com a População de Rua de Belo Horizonte atingiu seu grau extremo na última segunda, com o fechamento de um dos equipamentos considerados de ponta da capital, o Centro de Referência da População de Rua – Projeto Cidadania. O Centro foi uma conquista dos moradores de rua no Orçamento Participativo de 1995. A instituição é pública, gerida e mantida pela prefeitura em parceira com a Providência Nossa Senhora da Conceição, entidade parte da Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte.
O Centro, localizado na Avenida do Contorno, 10.852, no Barro Preto, é um local utilizado pela população de rua para fazer sua higiene pessoal, lavar suas roupas, guardar seus pertences e ainda realizar atividades educativas, esportivas e artístico-culturais. Além disso, o conjunto de ações realizado pelos frequentadores do equipamento contribuem para construção de novos projetos de vida.
O fechamento do Centro ocorreu após dois moradores de rua terem sido assassinados na porta do equipamento no final de semana último. A violência sofrida pela população de rua vem tomando dimensões alarmantes nos últimos anos na cidade de Belo Horizonte e ambos os governos, estadual e municipal, parecem não dar a devida importância ao caso.  Tudo indica que o Centro está fechado por falta de policiamento e de medidas de combate ao tráfico, capazes de coibir a violência na região e permitir a realização das políticas públicas.
A Política de Atendimento à População de Rua de Belo Horizonte, desde sua origem em 1993, vem sendo reconhecida por parte de instituições acadêmicas e de prefeituras de diversos estados. Fortaleza, Vitória, Contagem, Governador Valadares e Juiz de Fora são alguns exemplos de cidades que se referenciaram no trabalho realizado no Centro, para montagem dos seus próprios equipamentos e serviços.  Pelo visto, essa mesma política parece estar ameaçada. Até o momento, a Secretaria Municipal de Assistência Social, a Providência Nossa Senhora da Conceição e a Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte não se pronunciaram. Quem está preocupado com os pertences da população de rua, guardados no Centro? Quem está preocupado com a segurança da população de rua? Quem está preocupado com o bem-estar da população de rua? Alguma autoridade comunicou à população usuário sofre o fechamento?
Joana Flores Dias
 
Fonte: Blog do José Luiz Quadros de Magalhães

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