Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012


2013, um ano atípico para a segurança pública, representantes políticos e de classe, e policiais e bombeiros militares.



*José Luiz Barbosa


Iniciaremos o ano de 2013 em meio a incerteza e insegurança, resultado e efeito dos últimos acontecimentos, em que fomos massacrados pelo Governo do PSDB e seu "rolo compressor" na Assembléia Legislativa - ALMG, entenda-se os deputados que compõem sua base de apoio político para satisfazer interesses do governo e não do cidadão.


Entretanto, poucos dentre oficiais e praças, mesmo em posição de chefia, direção e comando, conhecem, ignoram ou compreendem os riscos e perigo que estamos correndo, ao ficarmos silentes e nos submeter aos interesses contrários e incompatíveis com a natureza da profissão, e ainda excessivamente danosos e prejudiciais aos direitos e conquistas estabelecidas e fixadas em lei, ao longo de décadas de trabalho e luta de toda classe, que viraram fumaça provocados pelos artigos 13 a 15, parágrafo único, inseridos "passiva e cuidadosamente" no PLC 031 de 2012, que foi anunciado como o "PLC das promoções."



Contradições a parte, em que uns "peixes graúdos" se dizem traídos, enquantos milhares de peixinhos se julgam vítimas de traição, o ano de 2013 será decisivo para todo o futuro de nossa representação de classe e política, pois o cenário da segurança pública será um dos mais sensíveis e estrategicamente priorizados, ou pelo menos espera-se, já que estaremos dando início a dois megaeventos em Minas Gerais, a copa das confederações e a copa do mundo de 2014, que exigirá empenho e um esforço maior dos profissionais da segurança pública, principalmente os da linha de excução operacional.



Os últimos acontecimentos políticos e de reivindicação dos policiais e bombeiros militares, que atenderam prontamente a convocação de suas entidades, foi palco de manifestação e exercício da cidadania, em que todos sentiram-se meros fantoches, sem qualquer poder no processo de discussão e de tomada de decisão, o que de um lado possibilitou a compreensão do sentido do termo "massa de manobra."



Interessa-nos no entanto, fazer um apelo aos policiais e bombeiros militares, para que não se submetam ao discurso que sabemos tem sempre os mesmos argumentos e que nunca são transformados em ação concreta na defesa e luta dos interesses e direitos da classe, sendo quase sempre pautados em compromissos requentados e que não foram tratados na agenda política dos interessados, que somente desejam se (re)eleger, perpetuando-se como donatários por sucessão quase hereditária de nossa representação política ou associativa.



Teremos todos, sem exceção, do soldado ao coronel, árduas e difíceis tarefas para o ano de 2013, se por um lado teremos que vigiar, participar, acompanhar e estar atentos os todos os passos, na elaboração do projeto de lei que reformulará o sistema previdenciário dos policiais e bombeiros militares, por outro devemos estar prontos para apresentarmos voluntariamente para a luta na defesa dos direitos e garantias que dignifiquem e valorizem a profissão e a autoridade dos policiais e bombeiros militares no exercício de sua atividade e em razão dela.



Mas, será na escolha dos próximos presidentes de associações de praças, e nas eleições de 2014, que poderemos avocar o poder que nos pertence e delegá-los de acordo com nossa vontade e consciência aos que estão mais identificados, e comprometidos com as necessidades, problemas, e anseios já que a aliança firmada pelos atuais representantes da classe com o Governo do PSDB, somente confirma sua vingança política ao violar mais uma vez a dignidade dos policiais e bombeiros militares, e pensionistas, lançando-nos a própria sorte.



Aos que assim desejarem, estaremos propondo um amplo e democrático debate sobre que representação de classe desejamos e merecemos, para definirmos com responsabilidade, respeito e ética seu futuro, afinal não há que se olvidar a quem cabe o legitímo exercício da soberania popular na escolha de seus representantes.



*Presidente da Associação Mineira de Defesa e Promoção da Cidadania e Dignidade, Sgt PM - RR, e ativista de direitos e garantias fundamentais.

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