Um protesto de policiais civis complicou o trânsito na tarde desta sexta-feira no Centro de Belo Horizonte. Os manifestantes chegaram a fechar as avenidas Afonso Pena e Amazonas, na Praça Sete, em todos os sentidos, depois de anunciarem que vão entrar em greve no dia 10 de junho. A categoria reivindica a revisão da Lei Orgânica da Polícia Civil, que define o plano de carreira da corporação, entregue à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para avaliação dos deputados estaduais na última sexta-feira.
Os manifestantes se reuniram no pátio da Assembleia Legislativa às 13h e decidiram entrar em greve geral. “Vamos fazer uma reunião no dia para fechar a paralisação. Se nenhum fato novo acontecer, a greve está fechada”, afirma Adilson Bispo, diretor de mobilização do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG).
A categoria quer que a proposta de mudança na Lei Orgânica seja rejeitada pelos deputados estaduais. “Nos reunimos durante dois anos com o governo e não respeitaram a deliberação das entidades. Na última sexta-feira, mandou (o governo) um projeto com várias inconstitucionalidade”, explica Bispo. Segundo o diretor, a paralisação em 10 de junho vai respeitar a lei da greve, que determina a escala mínima de 30%.
Após a reunião na Assembleia, aproximadamente mil policiais saíram pelas ruas e avenidas de Belo Horizonte. Quando chegaram à Praça Sete, fecharam o trânsito por alguns minutos, o que causou congestionamentos na área central da capital mineira. No protesto, alguns caixões foram queimados. “Estamos promovendo um enterro simbólico da Polícia Civil, principalmente se essa nova lei orgânica do governo for aprovada”, diz Bispo.
João Henrique do Vale/Jornal Estado de Minas
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