Do Hoje em Dia
Atos de vandalismo foram registrados durante o último protesto em BH |
Em relatório divulgado nesta sexta-feira (28), o Ministério Público Estadual concluiu que o confronto com a Polícia Militar na na última manifestação em Belo Horizonte partiu de um pequeno grupo de pessoas. "A esmagadora maioria dos manifestantes agia de modo pacífico e seguia o percurso acordado, mas que uma minoria começou a atirar paus e pedras e a disparar rojões em direção à polícia, que estava posicionada dentro dos limites acordados pela Comissão".
Ainda conforme o MPE, os relatos foram feitos por dois membros do Ministério Público que ficaram posicionados no cruzamento das avenidas Abrahão Caram e Antônio Carlos, ponto que limitava o espaço das manifestações populares e perímetro de segurança do estádio Mineirão, onde acontecia o jogo entre Brasil e Uruguai pela Copa das Confederações.
Segundo os representantes do órgão, a Polícia Militar cumpriu o acordo definido durante as reuniões da Comissão de Prevenção à Violência em Manifestações Populares e utilizou um caminhão de som para tentar acalmar a multidão e orientar os manifestantes pacíficos a se afastarem dos violentos. Além disso, foi relatado ainda que o confronto com militares foi acirrado depois que algumas pessoas começaram a balançar "o gradil que delimitava o perímetro de segurança e tentavam romper aquele limite, ao que a polícia reagiu com bombas de gás lacrimogêneo e disparos com balas de borracha".
No relatório entregue ao procurador-geral de Justiça, consta também que após observar "focos de fogo e depredações, um grupo de policiais se dirigiu ao local desses eventos, com escudos, capacetes e cassetetes". Além disso, os intregrantes do MP afirmaram que foi assim que foi verificada a existência de feridos viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram imediatamente acionadas. "O trabalho da força policial, naquele local, teve caráter de reação", concluiu o documento.
O MPE informou ainda que um plantão da Comissão foi montado para acompanhar os protestos na última quarta-feira (26) e que a Promotoria de Direitos Humanos instaurou procedimento investigatório específico para apurar denúncias recebidas pela instituição. Para isso, foram solicitados vários prontuários médicos, colhidos depoimentos e requisitadas informações.
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