Sessão no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette entra no terceiro dia. Acusados de homicídio são ouvidos por juiz.
O primeiro a falar na sala do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, diante do Carlos Henrique Perpétuo Braga, é Paschoalino.
Major Barbosa, presidente da comissão do processo administrativo militar da PM e responsável pelo procedimento investigativo aberto para apurar as mortes, também depôs. O militar afirmou que, após ouvir 28 testemunhas, não conseguiu levantar provas suficientes para incriminar os réus. Por isso, defendeu a permanência deles na corporação.
Um ponto polêmico durante o depoimento tratava das fardas encontradas no local do crime e também na casa de Jason. O réu não faz parte do grupamento especial mas, mesmo assim, possuía três vestimentas da corporação em casa. O major informou que sugeriu uma punição disciplinar para o soldado, mas a manutenção dos envolvidos na corporação.
Segundo ele, a costureira que reconheceu a farda achada no dia do crime foi ouvida. Porém, não foi o major que a interrogou. Barbosa não soube dizer se as medidas daroupa eram compatíveis com a numeração de Jason.
O julgamento dos ex-policiais militares Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, acusados de matar Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e seu sobrinho Jéferson Coelho da Silva, de 17, no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em fevereiro de 2011, recomeçou por volta das 9h desta quinta-feira. A sessão do júri entra no terceiro dia e é dedicada, principalmente, aos interrogatórios dos réus e aos debates.
Nessa quarta-feira, quatro pessoas foram ouvidas, entre elas um morador do aglomerado e outros três policiais militares. Todos foram arrolados pela defesa.
Depois do major, falou o tenente Santana, que esteve na cena do crime no dia das mortes. De acordo com o militar, a viatura não estava designada para seguir até o Aglomerado da Serra. Porém, o oficial tem a autonomia e pode dar autorização para isso.
Quando estava no local do crime, disse que se preocupou em socorrer os feridos. Além de tio e sobrinho, Jonas Rosa também alegou que estava ferido. O soldado apresentava uma vermelhidão no peito, conforme a testemunha, e chegou a ficar em observação no hospital. Também informou que nunca soube de alguém que se dispusesse a receber um tiro, mesmo com colete, para forjar um ataque. Segundo ele, os policiais teriam sido recebidos a tiros por um “bonde” (grupo de pessoas).
O tenente também contou que chegou a abordar Renilson Veriano e Jéferson Coelho, vítimas no caso, por mais de uma vez em locais suspeitos. Em todas as ocasiões, nada ilícito foi encontrado com eles. Conforme a testemunha, tio e sobrinho tinham amizades com traficantes e havia informações que eles se valiam do parentesco com militar para traficar.
O último a prestar depoimento foi um sargento que trabalhou com os acusados.
Estado de Minas
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada