Acorda, Policial e Bombeiro Militar!


O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Julgamento de ex-PMs acusados de mortes na Serra recomeça com depoimento de réus


Sessão no 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette entra no terceiro dia. Acusados de homicídio são ouvidos por juiz.
O julgamento dos ex-policiais militares Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa, acusados de matar Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e seu sobrinho Jéferson Coelho da Silva, de 17, no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em fevereiro de 2011, recomeçou por volta das 9h desta quinta-feira. A sessão do júri entra no terceiro dia e é dedicada, principalmente, aos interrogatórios dos réus e aos debates.
O primeiro a falar na sala do 1º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, diante do Carlos Henrique Perpétuo Braga, é Paschoalino. 

Nessa quarta-feira, quatro pessoas foram ouvidas, entre elas um morador do aglomerado e outros três policiais militares. Todos foram arrolados pela defesa.

Major Barbosa, presidente da comissão do processo administrativo militar da PM e responsável pelo procedimento investigativo aberto para apurar as mortes, também depôs. O militar afirmou que, após ouvir 28 testemunhas, não conseguiu levantar provas suficientes para incriminar os réus. Por isso, defendeu a permanência deles na corporação.

Um ponto polêmico durante o depoimento tratava das fardas encontradas no local do crime e também na casa de Jason. O réu não faz parte do grupamento especial mas, mesmo assim, possuía três vestimentas da corporação em casa. O major informou que sugeriu uma punição disciplinar para o soldado, mas a manutenção dos envolvidos na corporação. 

Segundo ele, a costureira que reconheceu a farda achada no dia do crime foi ouvida. Porém, não foi o major que a interrogou. Barbosa não soube dizer se as medidas daroupa eram compatíveis com a numeração de Jason. 

Depois do major, falou o tenente Santana, que esteve na cena do crime no dia das mortes. De acordo com o militar, a viatura não estava designada para seguir até o Aglomerado da Serra. Porém, o oficial tem a autonomia e pode dar autorização para isso. 

Quando estava no local do crime, disse que se preocupou em socorrer os feridos. Além de tio e sobrinho, Jonas Rosa também alegou que estava ferido. O soldado apresentava uma vermelhidão no peito, conforme a testemunha, e chegou a ficar em observação no hospital. Também informou que nunca soube de alguém que se dispusesse a receber um tiro, mesmo com colete, para forjar um ataque. Segundo ele, os policiais teriam sido recebidos a tiros por um “bonde” (grupo de pessoas). 

O tenente também contou que chegou a abordar Renilson Veriano e Jéferson Coelho, vítimas no caso, por mais de uma vez em locais suspeitos. Em todas as ocasiões, nada ilícito foi encontrado com eles. Conforme a testemunha, tio e sobrinho tinham amizades com traficantes e havia informações que eles se valiam do parentesco com militar para traficar. 

O último a prestar depoimento foi um sargento que trabalhou com os acusados.

Estado de Minas

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