A divulgação, nesta terça-feira, da edição 2014 do Anuário de Segurança Pública gerou grande repercussão nas redes sociais – sobretudo por conta dos dados negativos do país em relação a 2012 em âmbitos regional e nacional. As ferramentas de monitoramento de redes da FGV-DAPP identificaram aumento de menções sobre o assunto após a revelação do documento, em especial sobre roubos e homicídios, cujos números aumentaram entre os últimos dois anos. É sintoma de que a preocupação com a (falta de) segurança, uma das principais pautas das últimas eleições, segue presente entre os brasileiros na web.
Menções a crimes no Brasil entre os dias 6 e 11 de novembro
De acordo com o monitor de temas da DAPP-FGV, na terça-feira houve 9 mil menções à segurança pública do Brasil, quase o mesmo montante de domingo e segunda-feira somados (9.600 postagens). E, desde segunda-feira, houve ainda mais de 76 mil menções à violência urbana e a assaltos e homicídios – menções espalhadas pelo Brasil inteiro, conforme evidencia o mapa abaixo. O pico de menções aconteceu por volta das 14h de terça-feira, poucas horas após a imprensa começar a repercutir o anuário, com máximo de 250 tuítes por minuto.
Nas postagens sobre os crimes mais frequentes no país, as referências a roubos atingiram, nesta terça-feira, o maior volume na semana, com cerca de 8 mil menções, contra 7 mil de homicídios, 5 mil de estupros e pouco menos de 2 mil de sequestros. O anuário revela que houve aumento de 12% no número absoluto de roubos no Brasil de 2012 para 2013, e variação de 8% na taxa por grupo de 100 mil habitantes. Já o número de mortes violentas variou 1,1% entre 2012 e 2013, com queda de 2,6% na taxa por 100 mil habitantes.
Nuvem de palavras sobre Segurança Pública no dia 11 de novembro
Apesar do maior aumento percentual de roubos sobre o de homicídios – e do maior volume de menções na terça-feira –, são os assassinatos que obtiveram maior destaque na nuvem de palavras feita pela DAPP-FGV das postagens sobre o tema desde segunda-feira. Além da expressão “segurança pública”, as palavras mais citadas nas redes sociais foram “violentos”, “assassinatos”, “crime” e “Brasil”. Vale ressaltar a maciça presença de referências a negros, mulheres, jovens e pobres, as principais vítimas da violência urbana no país.
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