As eleições deste ano determinaram de uma vez por todas o espaço político de nossos representantes na política mineira, bem como do voto do cidadão policial. Se antes a pauta política pairava sobre o convencimento e importância do voto dos policiais a favor da classe, hoje não; a discussão gira em torno da focalização do voto para que o resultado seja mais expressivo.
O século XX ficou marcado por duas grandes guerras mundiais. Mas a principal marca foi à perda de milhões de vítimas em guerras sangrentas. Nestas guerras a estratégia intercalava a “guerra de movimento” com a “guerra de posição”. Isto é, ora o exército promovia deslocamentos e avanços a fim de conquistar territórios e enfraquecer o inimigo; outra ora fincava trincheiras e mantinha seu posicionamento em busca de manter as conquistas de guerra; e se possível a partir daí avançar mais.
A história recente da política mineira viveu uma revolução em virtude do despertar político da classe militar, bem como dos cidadãos policiais, incluindo aqui policiais civis e bombeiros militares. A origem? O movimento reivindicatório de 1997, respaldado pela Constituição de 1988 – a Constituição cidadã.
Desde então, tivemos a participação efetiva dos policiais no debate e fazer político mineiro. Movimento esse que influenciou o Brasil por inteiro. Se de um lado a insegurança social e policial tem crescido, do outro houve também a ampliação do número de representantes eleitos da área de segurança pública. Não só pelo despertar dos cidadãos policiais, mas também a busca pela solução da questão da sensação de insegurança.
Agora que fique claro, entre os representantes da segurança pública, não há espaço para ideologias políticas de “esquerda” ou de “direita”, parlamentar de “situação” ou de “oposição”. Poderá haver discussão de ideias, mas nunca o posicionamento contrário às necessidades e reivindicações da classe policial. O que existe é o somatório de forças favorável a manutenção dos direitos já conquistados e a ampliação daquilo que se almeja: reconhecimento profissional, financeiro e a defesa da classe policial por parte da sociedade ordeira.
Portanto, novos “movimentos” e estratégias devem ser bem planejados para que novos objetivos sejam conquistados. Já pensou que se é possível termos em cada município um representante do legislativo municipal? Cada Estado um ou dois representantes do Legislativo Estadual e Federal? Um senador classista por Estado seria um sonho. Quer melhor, imagina se os próximos secretários de segurança pública fosse alguém da própria área de segurança? Não um político sem qualquer vínculo, mas defensor da autoridade policial e da ordem pública. Mas o mais importante neste momento é a manutenção da “posição” que alcançamos agora. Retroceder Jamais!
Raul Nogueira - Policial Militar - Graduado em História e Especialista em Políticas Públicas (UFMG). Professor do Ensino Superior EFSd / PMMG e do Ensino Fundamental na Escola Particular Maria Clara Machado/Ribeirão das Neves. E emocionalmente um Poeta." Email: nogstory@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seu comentário é sua opinião, que neste blog será respeitada