O governo federal deixa de contabilizar um passivo da ordem de R$ 2,3 trilhões relativos a déficits atuariais da Previdência, a demandas judiciais contra a União e à depreciação de seus bens imóveis, advertiu ontem o presidente do TCU, Augusto Nardes. Ele fez a declaração ao entregar a Renan relatório sobre as obras públicas com irregularidades.
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O montante foi identificado na análise das contas do governo de 2013, julgadas este ano. Nardes mencionou a omissão desses passivos ao responder à imprensa sobre a chamada contabilidade criativa do governo, que tem permitido que as contas públicas sejam superavitárias.
— Não estão contabilizados R$ 2,3 trilhões. Já alertamos o ministro da Fazenda, a presidente. Já alertamos que precisa ser contabilizado, que é ruim para a imagem do Brasil — declarou o presidente do TCU.
Segundo Nardes, o ministro da Fazenda tem um prazo para explicar a não contabilização desses recursos.
— Se não for cumprido, poderá haver penalizações pelos gestores responsáveis no Ministério da Fazenda. Essa é uma forma de acabarmos com a contabilidade criativa — disse.
Jornal do Senado
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