"Não há argumentos e justificativas a fundamentar a concessão do ciclo completo de polícia para uma polícia militarizada, pois além da concentração de poder em uma só polícia, o que por si já soa contraproducente, não há como conceder mais poder a uma polícia que não está dando conta nem de cumprir suas atribuições constitucionais de polícia ostensiva e preventiva.
Exigir, e encampar a luta a favor do ciclo completo de polícia para as Polícias Militares é o mesmo que afirmar publicamente que seu papel e dever constitucional de polícia ostensiva e preventiva faliu, e que para refazer sua importância como instituição militar, reivindica mais poder para fazer o que deveria ser feito no campo da prevenção.
Como então com ciclo completo irá fazer prevenção, se com a instauração do inquérito policial se inaugura a repressão, o que de per si comprova a ineficiência, falência, e a imensa lacuna na prevenção da criminalidade e da violência."
O mais coerente, com a política de valorização, e melhoria na repressão da criminalidade, tendo a investigação como instrumento, ou seja, após falha, ruptura, e falência do sistema preventivo, é investimentos, aparelhamento, e aumento do efetivo da polícia civil que é constitucionalmente o órgão com poder de policia judiciária.
A muito tempo, a prevenção foi e está relegada a segundo plano, pois até mesmo os próprios policiais militares, preferem as ocorrências com alto grau de perigo, do que a rotina monótona e massacrante de se fazer e adotar princípios de prevenção no policiamento ostensivo.
Seu olhar, está mais para ações espetaculares, com perseguições, troca de tiros, grande apreensões, e com operações, quase sempre olivando os aspectos mais importantes do policiamento que em sua origem era eminentemente preventivo."
Acorda cidadão!
Segurança pública se faz com prevenção!
José Luiz Barbosa, Sgt PM - RR, ativista de direitos e garantias fundamentais, e militante na luta contra o assédio moral.
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