A Anistia Internacional lançou em 3 de agosto o relatório “Você matou meu filho! – Homicídios cometidos pela polícia militar no Rio de Janeiro”.
Embora não inclua em suas recomendações a necessária e urgente legalização da produção, do comércio e do consumo de todas as drogas, única medida que efetivamente poderia reduzir o elevadíssimo número de homicídios decorrentes de intervenções policiais no estado do Rio de Janeiro e no Brasil como um todo, o relatório da Anistia Internacional claramente aponta, em diversos trechos, a nociva e sanguinária política de ‘guerra às drogas’ como motor decisivo do registrado extermínio sistematicamente praticado por agentes do estado, voltando-se prioritariamente contra uma população de jovens pobres, negros, marginalizados, moradores de áreas periféricas.
Com efeito, uma política baseada na guerra tem como consequência natural o extermínio. A ‘guerra às drogas’ não se dirige contra as drogas. Não é uma guerra contra coisas. Como quaisquer outras guerras, dirige-se sim contra pessoas: os produtores, comerciantes e consumidores das arbitrariamente selecionadas drogas tornadas ilícitas e, mais especialmente, os produtores, comerciantes e consumidores pobres, negros, marginalizados, moradores de áreas periféricas. Policiais matam e morrem, executando a nociva e sanguinária política que os joga no front dessa guerra.
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