Evento vai priorizar discussões em torno das diversas situações de violência vivenciadas pelas mulheres.
Estão abertas, até o meio-dia do dia 2 de março, as inscrições para o Ciclo de Debates Mulheres Contra a Violência: Autonomia, Reconhecimento e Participação, que será realizado no Plenário das Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Dentre os objetivos do evento, que será realizado nos dias 2 e 3 de março, destaca-se a discussão acerca das diversas situações de violência que as mulheres enfrentam no dia a dia, com foco em questões relativas à raça, à orientação sexual, à faixa etária, à situação de privação de liberdade, às mulheres deficientes, às mulheres do campo e da floresta, às quilombolas e às profissionais do sexo.
No ciclo de debates, também será abordada a importância da desconstrução do machismo na sociedade brasileira para o enfrentamento da violência contra a mulher. Outra discussão será sobre os avanços trazidos pela Lei Federal 11.340, de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha.
Além disso, dados do Mapa da Violência 2015 serão analisados, especialmente no quesito de homicídios de mulheres no Brasil, em série histórica, e as suas variações por território, cor/raça e faixa etária, além de informações sobre o atendimento às vítimas de violência, com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan) e da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE.
O evento está sendo construído coletivamente desde dezembro de 2015 em reuniões preparatórias com a participação de diversas entidades civis, dentre elas: Conselho Estadual da Mulher (CEM); Defensoria Pública Especializada na Defesa dos Direitos das Mulheres em Situação de Violência (Nudem); Fórum de Mulheres do Mercosul - Capítulo Brasil; Marcha Mundial de Mulheres; Polícia Civil de Minas Gerais; Rede Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher; Secretarias de Estado de Defesa Social (Seds), de Saúde (SES) e de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese); Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac); e União Brasileira de Mulheres (UBM).
Metodologia – As pessoas já escolhidas pelos movimentos sociais terão, cada uma, três minutos, antes dos expositores para fazer intervenções de contextualização e estimular a reflexão. Elas servirão como condutoras de cada palestra e farão as explanações oralmente, do público para a mesa.
Confira abaixo a programação do ciclo de debates:
2 de março
Horário | Atividade |
16 horas | Atividades culturais |
17h30 | Credenciamento |
18h30 | Abertura |
19 horas |
Painel Mapa da Violência 2015 - Homicídio de mulheres no Brasil
- Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos sobre Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso)
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20 horas |
O crescimento da violência contra mulheres negras e jovens
- Vanessa Beco, representante do Coletivo Negras Ativas
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20h30 | Debates |
21h30 | Encerramento |
3 de março
Horário | Atividade |
Painel Múltiplos Olhares sobre as Violências contra as Mulheres | |
9 horas |
Violência e as questões de gênero nas escolas
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Macaé Evaristo, secretária de Estado de Educação de Minas Gerais
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9h30 |
Violência contra as lésbicas, bissexuais e transexuais (LBT)
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Benilda Regina Brito, coordenadora do N'zinga Coletivo de Mulheres Negras de Belo Horizonte e assessora da ONU Mulher
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10 horas | Debates |
11 horas |
Violência contra as prostitutas
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Maria Aparecida Menezes Vieira, coordenadora-geral da Associação das Prostitutas de Minas Gerais
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11h30 | Debates |
12 horas | Intervalo |
13h30 | Apresentação cultural |
Painel Múltiplos Olhares sobre as Violências contra as Mulheres | |
14 horas |
Violência contra as mulheres idosas e contra as mulheres com deficiência
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Sandra de Mendonça Malet, analista de Políticas Públicas do Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Kátia Ferraz Ferreira, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e coordenadora da Rede Mineira de Tecnologia Assistiva
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15 horas |
Violência contra as mulheres do campo e da floresta e contra as quilombolas
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Alaíde Lúcia Bagetto Moraes, da Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Federação dos Trabalhadores em Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg)
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15h30 |
Violência contra as mulheres em situação de privação de liberdade e familiares de presos
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Maria de Lourdes de Oliveira, coordenadora da Pastoral Carcerária em Belo Horizonte
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Painel O Papel da Intervenção com Homens no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres | |
16 horas |
- Intervenções de contextualização
- Exposição: Felippe Lattanzio, coordenador Metodológico do Instituto Albam
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16h30 | Debates |
18 horas | Encerramento |
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