CONFLITOS
Nos últimos dois dias de folia, dois conflitos violentos marcaram negativamente o Carnaval de Belo Horizonte
PUBLICADO EM 06/02/16 - 14h57
A ação da Polícia Militar deveria ser diferente no Carnaval, com um tempo de estopim diferente e mais aceitação da folia. A opinião é do especialista em segurança pública e professor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas e Humandas da Una, Jorge Tassi.
"No Carnaval, as pessoas se sentem mais liberadas, geralmente bebem mais, porque a ideia é festejar e não arrumar confusão. Então, a polícia tem que fazer a distinção daquilo que é desrespeito e aquilo que é brincadeira, e ter uma maior aceitação da bagunça", afirmou.
Tassi fala sobre os conflitos entre foliões e a Polícia Militar nos dois últimos dias. O primeiro, na madrugada de sexta-feira (5), foi durante o bloco da "Bicicletinha", na região da Savassi. O segundo, na noite de sexta, foi na estação Primeiro de Maio, no bloco "Tchanzinho Zona Norte".
Segundo o especialista, nos dois episódios, o fato de os policiais agirem de forma isolada, e não em conjunto, é mais uma falha. "Em conjunto, tudo muda, porque um policial controla o outro, e a resposta é diferente, mas o que a gente vê são ações desencontradas, cada um querendo fazer justiça com as próprias mãos".
Para Tassi, é necessário investir em treinamento e preparo para que os policiais sejam capazes de atender esse tipo de demanda. "As falhas preparatórias de instrução e capacitação são muito graves e, se eles fossem capacitados antes, conseguiriam trabalhar de forma melhor e mais equilibrada e os erros seriam muito menores, mas não é o caso", pontuou.
Veja vídeo da ação na estação Primeira de Maio
Veja vídeo do conflito no bloco da Bicicletinha
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