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O verdadeiro desafio não é inserir uma idéia nova na mente militar, mas sim expelir a idéia antiga" (Lidell Hart)
Um verdadeiro amigo desabafa-se livremente, aconselha com justiça, ajuda prontamente, aventura-se com ousadia, aceita tudo com paciência, defende com coragem e continua amigo para sempre. William Penn.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A intolerância é filha do preconceito

Por Nélio Azevedo
 
Ou seria o contrário? Não sei, o que eu sei é que o preconceito é uma forma de pensar e de agir que se sustenta em argumentos vagabundos e insuficientes.
Há poucos dias vi uma notícia da apreensão de farto material de propaganda nazista, no Sul do país. Novidade nenhuma, já que a população dos três estados do sul têm uma forte presença de estrangeiros na formação da população, principalmente de italianos, alemães e outros povos arianos, vindos da Europa onde não passavam de ralé, discriminados e postos à margem pelos mais ricos. Essas pessoas foram recebidas em nosso país miscigenado com toda alegria e gentileza, foram oferecidas à eles terras férteis e oportunidades que muitos habitantes nativos nunca tiveram.
Agora vem essa gente destilar seus preconceitos e intolerância contra os nativos, contra negros e no caso daquela estudante de direito de São Paulo que publicou frases e comentários racistas e preconceituosos, contra os nordestinos. Os comentários do pai dela são de uma pessoa sensata e íntegra, mas a filha dele foi de uma infelicidade que pode acabar em prisão. Logo ela que é estudante de direito, não sabe o que é o direito básico da igualdade.
Para completar esse show de horrores, numa faculdade no interior de São Paulo um grupo de alunos levou a cabo uma ideia absurda de trote, “o rodeio de gordinhas”, onde os calouros teriam que montar as meninas mais robustas e tentar permanecer por mais tempo possível sobre as vítimas. Aonde chegamos? O quê será que vem por a? Tá difícil educar filhos num mundo onde a gentileza deixou de existir e a violência é o portão de entrada.
Infelizmente nós vivemos em um país onde uma elite branca e rica desenvolveu uma aversão ao pobre e aos diferentes, diferentes no caso seriam os que ele não vê como semelhantes. Negros, pobres, mulheres, nordestinos e homossexuais.
Esse comportamento ficou tão comum que durante séculos não era nem questionado, até que leis viessem proteger essa grande maioria da população de marginalizados aos moldes das castas da Índia. Essa nódoa que a nossa sociedade carrega desde os tempos da escravidão ainda está impregnada no tecido social e aparece escancarada ou despistada, mas, suas vítimas são sempre as mesmas.
Talvez, a construção de um país mais justo faça desaparecer esse comportamento odioso e possamos viver em harmonia e paz, onde o diferente é só uma outra versão de nós mesmos.

Fonte: pascoalonline.blogspot.com


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