Bombeiros do Rio x Direitos Humanos

 

 

 

  

 

  

fotos Jornal do Brasil

Pior que a truculência contra os bombeiros é silêncio da Ministra dos Direitos Humanos

Depois de tudo que aconteceu na madrugada de 05/06 no quartel central do Corpo de Bombeiros do Rio é inacreditável supor que exista no Brasil um Ministério dos Direitos Humanos. Aliás esse fato merece um breve histórico de como ele foi criado.

Em meio aos vários mandos e desmados para se colocar na pauta de votações a PEC 300, no segundo semestre de 2010, quando o PT ameaçava mudar o texto da PEC, colocando substitutivos que alterariam o sentido, como exemplo, aonde estivesse escrito: "o estado deverá pagar", o verbo deverá seria votado pelos mesmo deputados a troca de deverá para poderá. Ora, se poderá significa que não será obrigatório. Então visando impedir tal votação, os deputados defensores da PEC, inclusive as associações do país inteiro, que participaram das negociações fizeram uma troca, (imposta pelo PT), visando não alterar o texto original, desde que os deputados aprovassem a elevação da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, ao nível de ministério.

Com a criação desse Ministério dos Direitos Humanos, foram criados, sem concurso público aproximadamente 400 cargos, com salários médios de 5 mil reais. Isso mesmo que você entendeu: sem concurso público!

 Dito isto, é inconcebível que a situação sofrida pelos bombeiros cariocas não mereça uma visita de alguma comissão dos direitos humanos do referido ministério. Qual seria o papel dos Direitos Humanos se alguns daqueles presos fosse rico, famoso, ou tivesse sido algemado, fosse banqueiro por exemplo.

Esse fenômeno não é "privilégio" do Brasil. Recentemente o mensageiro do terrorista Osama Bin Laden delatou-o, após fortes torturas sofridas na prisão de Guantanamo, lembram? E ninguém falou nada.

Se compararmos os bombeiros do Rio com alguns presos que consigam pagar bons advogados, é inimaginável pensar que um preso ficaria 10 horas sem comisa, ou que dormiria em cadeiras, deitados no cháo sem colchão.

Mas terrível é saber que a segurança pública serve apenas de mote de campanha, e quando o estado é quem comete o crime, geralmente ele se torna condescendente, permissivo, corporativista, para não dizer cúmplice.

Exelentíssima Senhora Ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário, bombeiro é gente, militar é gente, portanto humano. Ou será que atirar com fuzil no meio das pessoas desarmadas não é crime? Ficar sem comer ou domir estando sob a custódia do estado também não é crime. Se fosse na época da ditadura todos estariam clamando por justiça e reivindicando o mesmo tratamento dos "Direito dos Manos" como dizem os presos. O quão absurdo é ver esse ministério solidário (para fazer média) a iraquiana que pode ser apedrejada, enquanto os bombeiros são esquecidos. Será porquê o partido do governador Sérgio Cabral, PMDB é da base do governo de Dilma?  

Anastácio/blog No Q A P