A atuação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro na invasão dos bombeiros ao Quartel Central do CBMERJ levou à opinião pública a discussão de certa dicotomia existente entre os policiais militares “convencionais” e os “especializados”, no caso específico do célebre e festejado BOPE, da PMERJ. Com treinamento, uniforme, remuneração, missão e cultura diferenciadas, o que justifica considerar os convencionais e os especiais uma mesma polícia?
Quanto mais as polícias formam grupamentos com missões específicas, algo necessário e inevitável, mais a competitividade que faz parte de todo e qualquer traço da trajetória capitalista se aprofunda. As unidades especializadas operacionais repressivas, por exemplo, como o BOPE (PMERJ), a ROTA (PMESP) e outras célebres em cada estado do país, glamurizadas como as SWAT’s norte-americanas, são vistas como “queridinhas” nas corporações, apesar de boa parte dos policiais se dedicarem a seguir padrões estéticos e simbólicos próprios destas unidades. Os convencionais vêem os especializados como arrogantes e metidos.

 
 
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